Gabriela Vinhal
postado em 16/05/2018 06:00
O surto de fake news e a intensidade com que esse conteúdo tem sido disseminado na internet tornou-se uma ameaça à democracia. Fenômeno coordenado, as notícias falsas têm capacidade destrutiva e ferem a escolha do cidadão. A pouco menos de três meses do início da campanha eleitoral, o debate a respeito do uso fraudulento das redes sociais ficou mais intenso, principalmente após a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos. Desde então, países como França, Alemanha e Brasil estudam maneiras de regular e fiscalizar o uso das redes em períodos eleitorais. Para debater os desafios do governo e da sociedade civil na luta contra essas notícias, o Correio promoverá, no próximo dia 24, o seminário ;Fake News, o impacto das notícias falsas na democracia;. As inscrições já podem ser feitas.
A abertura do evento, que ocorrerá das 14h às 18h, no auditório do Correio, terá a participação do ministro da Justiça, Torquato Jardim. Foram convidados Frederico Meinberg, promotor responsável pela Comissão de Proteção de Dados Pessoais do Ministério Público do Distrito Federal; Ricardo Pedreira, diretor-executivo da Associação Nacional de Jornais (ANJ); Murillo de Aragão, presidente do Conselho de Comunicação do Senado Federal; Marcelo Vitorino, professor de marketing político da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM); Claudio Lamachia, advogado e presidente do Conselho Federal da OAB; e Fernando Oliveira Paulino, diretor do Departamento de Comunicação da Universidade de Brasília.
Divulgada na última segunda-feira (14/5), a 136; Pesquisa CNT/MDA, da Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostrou que 68% das 2.002 pessoas entrevistadas já ouviram falar sobre a existência de notícias falsas. Do total, 81,4% afirmam acreditar em algumas e desconfiar de outras notícias que veem na internet, enquanto 4,5% dizem crer em todas as informações. Quando ficam em dúvida sobre a veracidade desse conteúdo, 31,5% relatam que têm o costume de sempre verificar se a informação é verdadeira. Já 22,7% afirmam não ter o hábito de conferir.