Politica

"Sentença judicial também educa", diz desembargador durante posse

Desembargador federal Antônio de Souza Prudente assumiu o cargo de diretor da Escola de Magistratura Federal da 1ª Região

Otávio Augusto
postado em 22/05/2018 13:16
Prudente em seu discurso de posse disse que a escola deve se aparelhar devidamente para formar e treinar magistrados
Os desembargadores federais Antônio de Souza Prudente e Hercules Fajoses tomaram posse nesta terça-feira (22/5) na Escola de Magistratura Federal da 1; Região. Prudente assumiu o cargo de diretor, e Fajoses, de vice. Eles comandarão a instituição no biênio 2018;2020.

O presidente do Tribunal Regional Federal da 1; Região, desembargador Carlos Eduardo Moreira Alves, abriu a solenidade desejando sorte aos novos dirigentes. A Escola de Magistratura Federal da 1; Região foi criada há 18 anos e assumiu a formação, aperfeiçoamento e treinamento de magistrados.

Prudente, em seu discurso de posse, disse que a escola deve se aparelhar devidamente para formar e treinar magistrados. A intenção do desembargador é fortalecer o corpo docente da entidade e participar dos debates relevantes para o país. "Temos que formar juízes corajosos, produtivos e que apliquem as ferramentas processuais necessárias. A sentença judicial também educa", ressaltou. Para ele, o juiz deve representar a vontade soberana do povo.

A preservação do meio ambiente foi amplamente defendida por Prudente. O desembargador afirmou que os juízes devem trabalhar para manter o meio ambiente "sadio e equilibrado". "É lamentável ver um país como este com milhares de recursos naturais ver o povo sem saúde, educação, terra, pão e a omissão de governantes sem pronta solução", criticou.

Ele falou ainda sobre decisões "insensíveis" de magistrados. "Eu tremo no meu sistema nervoso quando vejo que um magistrado federal negar um medicamento a uma criança de 6 anos que tem um diagnóstico que põe fim à sua vida se não tiver acesso ao remédio. Como é triste ver que magistrados não defenderem a vida;, disse.

O vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça, ministro Dias Toffoli, ministrou uma aula magna durante a cerimônia. Ele falou sobre as perspectivas da magistratura e do papel do poder judiciário. "O judiciário passou a ser demandado por questões sociais, políticas, éticas e econômicas. Isso exige do judiciário transparência, responsabilidade e eficiência", explica.

O secretário de Educação do DF, Júlio Gregório, ressaltou que os assuntos de interesse nacional devem fazer parte da pauta pedagógica da escola. "O Brasil vive um momento particular com o judiciário participando da vida política. A Escola de Magistratura tem que discutir os problemas da nossa sociedade", destacou.

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