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Ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo se entrega à polícia

Ex-governador era considerado foragido desde a manhã desta quarta-feira (23/5), após perder um recurso no Tribunal de Justiça de Minas Gerais

Renato Souza
postado em 23/05/2018 15:00
Ex-governador de MG Eduardo Azeredo

O ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), se entregou à polícia na tarde desta quarta-feira (23/5). Ele era procurado pelas autoridades desde às 8 horas, após uma condenação em segunda instância no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

O tucano deve cumprir pena de 20 anos e um mês de prisão por peculato e lavagem de dinheiro no esquema conhecido como mensalão tucano. O mandado autorizando o encarceramento foi emitido no fim da tarde de terça-feira (22/5). Como ele não se entregou durante a noite, foi dado como foragido.

De acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), os integrantes do grupo criminoso do mensalão tucano desviaram recursos de empresas públicas para financiar campanhas eleitorais na década de 90. O prejuízo aos cofres públicos passou de R$ 3,5 milhões. Na peça de acusação, os procuradores apontam que o ex-governador foi um dos articuladores e o principal beneficiado do esquema criminoso. Ele foi condenado por desviar dinheiro público de estatais como o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) e a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).

O crime, de acordo com o processo, ocorreu em 1998. Mas, a denúncia só foi apresentada em 2007 e tornou-se símbolo de lentidão da Justiça. Além dele, outras 14 pessoas foram denunciadas por práticas criminosas no mesmo processo.

A primeira condenação do ex-governador ocorreu em 2015, em primeira instância. Em agosto do ano passado, o TJMG manteve a condenação em segunda instância, mas não determinou a prisão imediata. A defesa recorreu, mas perdeu o último recurso durante o julgamento da Corte, nesta semana.

A defesa de Azeredo alega que o ex-governador não cometeu os crimes descritos pela Justiça. Ainda de acordo com os advogados, o processo se baseia em provas frágeis e que não são suficientes para resultar em qualquer tipo de condenação.

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