Politica

"É um assunto do século passado", diz ministro sobre intervenção militar

Sérgio Etchegoyen declarou que não vê sentido uma intervenção militar no país

Rodolfo Costa
postado em 29/05/2018 16:10
Sérgio Etchegoyen declarou que não vê sentido uma intervenção militar no país
O governo federal entende como democrático o clamor de parte da população por uma intervenção militar no país. Mas rechaça a possibilidade de o país voltar a um regime militar. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Sérgio Etchegoyen, disse que o tema é um ;assunto do século passado;.

[SAIBAMAIS]General da reserva do Exército, Etchegoyen declarou que não vê sentido uma intervenção militar no país. E disse que, entre os militares, o entendimento é semelhante. ;Vivemos no século 21. Meu farol que eu uso para me conduzir é muito mais potente do que o retrovisor. Não vejo nenhum militar ou membro das Forças Armadas pensando nisso;, declarou.

O ministro entende o clamor de parte da população pelas Forças Armadas. Ele reconhece que são instituições com credibilidade de";mais de 80%; junto à população e que atende a problemas nas mais diversas áreas, como segurança pública, transporte e assistência à saúde nos locais mais distantes do país. Mas fez duras críticas a quem entende que os militares devam ter uma atuação além das vias constitucionais. "Se isso inspira em alguém o sentimento além de suas funções constitucionais, talvez essas pessoas voltassem mais à mediocridade do que ao sucesso", criticou Etchegoyen.

Para o ministro, os pedidos de volta a intervenção é um sinal de que as gestões políticas erraram. Mas ele prega que tudo seja solucionado no diálogo e na democracia. "(a intervenção militar) É um assunto do século passado. Uma pergunta que, do ponto de vista pessoal, não vejo mais nenhum sentido de perspectivas do passado político, dada a maturidade do povo brasileiro. Mas ainda existem algumas pessoas que acham que essa alternativa é possível. Era importante termos ideia e saber ;por que;. Para saber onde nós, que fazemos política, erramos", ponderou.

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