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Temer: diálogo permitiu acordo para acabar com greve de caminhoneiros

Temer disse ainda que %u201Creerguer o Brasil é tarefa de todos%u201D

Agência Estado
postado em 06/06/2018 17:58

O presidente Michel Temer discursa na cerimônia de lançamento do Plano Agrícola Pecuário 2018/2019, no Palácio do Planalto

Em discurso, hoje (6), no lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2018/2019, o presidente Michel Temer disse que muitos desejaram fazer da paralisação dos caminhoneiros um ;movimento político; que gerasse ;incidentes; no país. Ele reafirmou que por meio do diálogo foi possível chegar a um acordo.

;Conseguimos, depois de 10 dias de uma greve preocupante que paralisou durante um período o país, conectando o diálogo com a autoridade, encontrar uma solução que não gerasse um incidente qualquer. Incidente que, convenhamos, desejado por muitos que tentaram fazer da greve um movimento político;, disse.

No evento, o presidente disse que o crédito rural disponibilizado, no valor de R$ 194,37 bilhões, vai estimular a produção e impulsionar o crescimento da economia brasileira. Temer disse ainda que ;reerguer o Brasil é tarefa de todos;.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, também destacou a importância do setor do agronegócio para a economia do país. ;Nosso saldo da balança comercial passará de US$ 83 bilhões. Esse setor tem dado o suporte necessário para grande a crise que vivemos aqui no país, a crise econômica;, disse
Plano Agrícola e Pecuário

O Plano Agrícola e Pecuário 2018/2019 tem crédito rural no valor de R$ 194,37 bilhões e redução de 1,5 ponto percentual nas taxas de juros. Os recursos poderão ser acessados pelos agricultores a partir de 1; de julho.

O ministro Blairo Maggi disse que no plano existe a possibilidade de remanejamento de recursos para socorrer produtores que tiveram problemas específicos em sua área. ;Chegamos à possibilidade de criar uma linha de refinanciamento de prazos de até 10, 12 anos para socorrer aqueles produtores que tiveram problemas específicos numa determinada área;, disse. Ele explicou que nesse caso não há subsídio.

Do total de R$ 194,37 bilhões previstos no plano anunciado hoje, R$ 151,1 bilhões são para crédito de custeio. O crédito para investimento ficou em R$ 40 bilhões. Além do crédito para custeio e para investimentos de R$ 191 bilhões, serão destinados R$ 2,6 bilhões para o apoio à comercialização e R$ 600 milhões para subvenção ao seguro rural.

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, João Martins da Silva, elogiou o plano e os valores disponibilizados, fazendo uma ressalva ao recurso para a subvenção ao seguro rural. ;Apesar do incremento da ordem de 50% no recurso destinado à subvenção do seguro, o valor ainda está longe do tamanho da agricultura brasileira. Apenas 10% da área plantada estão segurados;, disse.

As taxas de juros de custeio foram reduzidas para 6% ao ano para os médios produtores (com renda bruta anual de até R$ 2 milhões) e para 7% ao ano para os demais. As taxas para os financiamentos de investimento ficaram entre 2,5% e 7,5% ao ano. Parte dos recursos captados em letras de crédito do agronegócio será destinada ao financiamento complementar de custeio e de comercialização com juros de até 8,5% ao ano.

Outros pontos do plano são o maior apoio para o financiamento de construção de armazéns com capacidade de até 6 mil toneladas e para a recuperação de reserva legal e de áreas de preservação permanente no âmbito do Programa ABC.

A pecuária também foi beneficiada com prazo de até dois anos no crédito de custeio para a retenção de matrizes bovinas de leite, suínas, caprinas e ovinas. Também foi aprovada linha de financiamento de até R$ 50 milhões para capital de giro a cooperativas de leite.

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