Politica

Celso de Mello libera ação contra Gleisi e Paulo Bernardo para julgamento

Dupla é acusada de ter solicitado e recebido R$ 1 milhão em propina de verba desviada da Petrobras

Renato Souza
postado em 08/06/2018 15:58
Açao penal da Lava-Jato mira a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), e o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, investigados pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para julgamento, nesta sexta-feira (8/6), uma ação penal contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o ex-ministro Paulo Bernardo, na Lava-Jato. Com o ato do magistrado, a Corte poderá marcar o julgamento.

De acordo com o Ministério Público Federal, Gleisi e o marido, Paulo Bernardo, receberam R$ 1 milhão em propina de dinheiro desviado da Petrobras. Os valores teriam sido destinado à campanha política da senadora, pagos em quatro parcelas de R$ 250 mil. Celso de Mello é revisor do processo.

O caso será julgado pela 2; Turma do Supremo. O colegiado é composto por Mello, Edson Fachin (relator da Lava-Jato), Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Não há data marcada para o julgamento, mas a expectativa é de que ocorra antes do recesso, ou seja, ainda este mês.

A denúncia contra Gleisi, Paulo Bernardo e o empresário Ernesto Kugler Rodrigues foi recebida por unanimidade pelo STF em 27 de setembro de 2016.

Condenação de Meurer

Em maio, a 2; Turma do STF condenou, por unanimidade, o deputado federal Nelson Meurer (PP-PR) a 13 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime inicial fechado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro cometidos em esquema de desvios na Petrobras. Meurer foi o primeiro parlamentar condenado pela Corte na Operação Lava-Jato.
Meurer poderá recorrer da condenação em liberdade. Os ministros também decidiram que caberá à Câmara analisar se o parlamentar deve ou não perder o cargo. O deputado terá de pagar uma multa de cerca de R$ 265 mil, em valores que ainda precisam ser corrigidos pela inflação.
Com informações da Agência Estado.

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