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Brasil precisa de um novo projeto nacional de desenvolvimento, diz Ciro

"Reindustrializar o Brasil é uma das prioridades que eu defendo e isso não ocorrerá se ficarmos no mito de que o setor privado vai reverter tendências sem uma parceria estratégia com o Estado", disse o candidato à presidência

Agência Estado
postado em 18/06/2018 13:04
ciro gomes
Um projeto de reindustrialização do Brasil, envolvendo parceria entre o setor estatal e privado para melhorar o desenvolvimento do País foi um das propostas defendidas pelo pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, durante o Fórum Unica 2018, realizado na manhã desta segunda-feira (18/6), em São Paulo. "Os tomadores de decisão do País deveriam entender que alguma coisa está estruturalmente está errada no Brasil", disse Gomes, que defendeu a construção de um Estado forte, mas não "gordo".

"Reindustrializar o Brasil é uma das prioridades que eu defendo e isso não ocorrerá se ficarmos no mito de que o setor privado vai reverter tendências sem uma parceria estratégia com o Estado", disse Ciro.

Ele afirmou ainda, alfinetando outros candidatos, que ideias como vender prédios públicos é "peanuts" (coisa pouca) para reduzir o Estado.

Sobre o setor produtivo, Ciro falou sobre a necessidade de uma mudança na pauta exportadora para que o País possa exportar mais do que "commodities de baixo valor", por meio de uma industrialização. "O RenovaBio é extraordinário", disse.

Ele ressaltou a possibilidade que o Brasil tem de, por meio do projeto, transformar a questão ambiental como um ativo que tende a se "valorizar muito", como os Créditos de Descarbonização (CBIOs).

Ciro criticou o tabelamento do preço dos fretes, medida tomada pelo governo federal no fim de maio como uma das exigências para o fim da greve dos caminhoneiros e que vem sendo debatida desde então. Ele classificou a medida como uma excrescência, ou seja, algo que não faz sentido.

Em relação aos preços dos combustíveis, Ciro afirmou que existe uma política no setor sucroenergético de tentar manter a cotação da matriz fóssil a mais alta possível para sustentar sua margem. "É um interesse legítimo, mas que colide com outros", disse.

Para ele, a Petrobras precisa ser administra com parâmetros profissionais. "Nada de molecagem", disse.

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