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Temer afaga FHC de olho nas eleições em defesa do legado governista

O presidente disse que o tucano %u201Cteve um %u201Cêxito extraordinário%u201D durante os dois mandatos e afirmou que nenhuma gestão se constrói em "um ou dois anos"

Rodolfo Costa
postado em 03/07/2018 13:10
fhc e temer
Entre afagos e pedido velado de apoio, o presidente Michel Temer estendeu a mão ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cacique do PSDB, de olho na manutenção do legado governista. O emedebista disse que o tucano ;teve um ;êxito extraordinário; durante os dois mandatos e declarou que o país ;tem que continuar;, alegando que nenhuma gestão se constrói em ;um ou dois anos;. ;Para se construir em muitos anos, não pode haver interrupções;, sustentou.

As conversas entre MDB e PSDB por uma união nas eleições existem, mas ainda engatinham. O coordenador da campanha do tucano Geraldo Alckmin, o ex-governador de Goiás Marconi Perillo, conversou nas últimas semanas com o presidente nacional emedebista, Romero Jucá (RR), e o também senador emedebista Eunício Oliveira (CE), presidente do Senado.

Na segunda-feira (2), Perillo sugeriu uma aliança com o MDB composta com o presidenciável emedebista, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, como vice de Alckmin na chapa tucana. Os diálogos entre ambos partidos continuarão prosseguindo. O discurso de Temer nesta terça-feira (3), em evento organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), é mais uma sinalização do interesse em uma aliança eleitoral.

O presidente da República elogiou a presença de FHC, sustentando que, além de ter governado com ;êxito extraordinário durante oito anos;, teve um governo pautado pela ;ideia de ponderação, equilíbrio e moderação do tempero das várias correntes que existem no país;. ;E foi capaz de, naquele momento, fazer prosperar o país exuberantemente. Devo dizer isso, certa e seguramente, trará aqui não apenas sua experiência do passado, mas, penso eu, a experiência de alguém que acompanha a vida pública brasileira e administrativa;, sustentou.

A união dos partidos exigirá muito diálogo e não será uma tarefa fácil. Em fala no primeiro painel do evento, FHC reconhece que há uma fratura profunda, mas não vê quem tem condições de pontuar uma mudança. ;Não vejo. Não apenas desejos e condições. Isso não quer dizer que não possam ocorrer solavancos pela frente. As circunstâncias criam a oportunidade às vezes de liderança;, ponderou.

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