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Após visitar Lula, deputado diz que petista está cético quanto à soltura

"Não abalou a moral dele até porque ele não acreditava", disse Wadih Damous, que foi um dos autores do pedido de habeas corpus para soltar Lula no TRF-4

Agência Estado
postado em 08/07/2018 16:32
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não acredita que possa sair da prisão neste domingo (8/7) afirmou o deputado Wadih Damous após visitar o petista na Superintendência da PF em Curitiba. O parlamentar foi um dos autores do pedido de habeas corpus para soltar Lula no Tribunal Regional Federal da 4; Região (TRF-4).

O desembargador João Paulo Gebran Neto, relator do caso de Lula no TRF-4, revogou a soltura do ex-presidente. O habeas corpus havia sido concedido pelo desembargador plantonista Rogério Favreto, também do TRF-4.

"Desde que eu lhe dei a notícia que nós havíamos obtido essa ordem, ele Lula estava muito cético. Ele não acreditava que pudesse ser cumprida. Ficou muito claro. Não abalou a moral dele até porque ele não acreditava", disse o parlamentar, em entrevista coletiva em Curitiba.

Agora, disse o deputado, caberá à defesa de Lula tomar providências na Justiça sobre eventuais recursos.

Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous afirmaram que houve um "sequestro político" do ex-presidente e uma ação ilegal combinada entre o TRF-4, o juiz Sérgio Moro e a Polícia Federal. Para eles, Moro e Gebran Neto não poderiam intervir no habeas corpus e a decisão de soltar Lula só poderia ser revogada por um colegiado do tribunal em Porto Alegre.

Após a decisão pela soltura, Moro se recusou a cumprir a decisão, alegando que o desembargador de plantão no TRF-4 era "incompetente para sobrepor-se à decisão" do colegiado da 8; Turma do TRF-4, que determinou a prisão imediata de Lula em abril.

"Para nós, está claro que o doutor Sérgio Moro está se comportando como uma espécie de capitão do mato como proprietário do corpo do ex-presidente", atacou Damous. Ele reforçou que os deputados vão insistir na soltura de Lula em instâncias superiores e "denunciar" a atitude de Moro.

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