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Investigado no caso Marielle é denunciado por outro assassinato

De acordo com o MP-RJ, o ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, é líder de uma milícia que atua n região de Curiciba em Jacarepaguá

Agência Estado
postado em 10/07/2018 20:07
Muro com os dizeres: Quem Matou Marielle?
O ex-policial militar Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, investigado por suposta ligação com o assassinato da vereadora Marielle Franco, foi denunciado nesta terça-feira, 10/7, como mandante de outro crime. Segundo o Ministério Público do Rio, ele mandou matar Carlos Alexandre Pereira Maria, o Alexandre Cabeça, assessor informal do vereador Marcello Siciliano (PHS). O parlamentar também foi apontado por uma testemunha como envolvido na morte de Marielle.

[SAIBAMAIS]Alexandre Cabeça foi morto na noite de 8 de abril, 25 dias após a morte de Marielle, na Estrada do Curumau, na Taquara, zona oeste do Rio. A denúncia que acusa Curicica pelo crime foi apresentada pela 23; Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1; Central de Inquéritos e é baseada em relato feito pelo acusado Ruy Ribeiro Bastos, que confessou o assassinato de Alexandre e fez acordo de delação premiada.

Ele contou que a ordem do assassinato partiu de Curicica, quando ele ainda estava no presídio Bandeira Stampa, em Bangu (zona oeste), antes de ser transferido para a penitenciária federal de Mossoró-RN.

O MP-RJ afirma que Orlando Curicica é líder de uma milícia que atua na região de Curicica, em Jacarepaguá (zona oeste), e autorizou o assassinato de Alexandre, dividindo a condição de mandante com Diogo Maia dos Santos, outro líder da mesma milícia O motivo seria uma informação veiculada por Alexandre nas redes sociais sobre um homicídio.

O crime teria sido praticado por Bastos, Rondinele de Jesus da Silva e Thiago Bruno Mendonça. Esses três, junto com Santos, já respondem pelo homicídio, em processo que tramita no 2.; Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. O Ministério Público quer que o processo contra Orlando Curicica seja enviado para o mesmo juízo.

O MP-RJ afirma que os executores de Alexandre receberam de R$ 500 a R$ 1.250 cada para praticar o crime. Curicica pode responder por homicídio qualificado mediante pagamento, por motivo fútil e com impossibilidade de defesa da vítima, atingida pelos disparos efetuados a pouca distância e contra seu pescoço

Além de acusar Curicica pelo homicídio, o MP-RJ pede a prisão preventiva do denunciado (atualmente detido na penitenciária federal de Mossoró-RN, por outro crime) e sua condenação ao pagamento de indenização pelos danos materiais e morais causados aos familiares da vítima.

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