Renato Souza
postado em 16/07/2018 20:35
A Procuradora-Geral da República (PGR), Raquel Dodge, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um documento em que afirma notar indícios de que o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) atuou em favor da construtora OAS durante a tramitação de uma medida provisória. O processo segue em segredo de Justiça.
[SAIBAMAIS]De acordo com as investigações, Lindbergh recebeu cerca de R$ 700 mil em propina entre 2013 e 2014 para defender a proposta. A MP 600/2012 foi enviada ao Legislativo pela ex-presidente Dilma Rousseff e tratou a simplificação de licitação para obras em aeroportos, além da ampliação de crédito liberado por bancos públicos para projetos de infraestrutura.
Quando a MP foi enviada ao Senado, Lindbergh ocupava a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
As investigações encontraram mensagens de texto em que o senador marcava encontros com o executivo Léo Pinheiro, da OAS, delator da operação Lava-Jato. Durante os diálogos, Léo Pinheiro indicou que realizaria repasses ilegais ao parlamentar.
Procurado pela reportagem, o senador não retornou as ligações. A OAS também não se pronunciou sobre o assunto.