Politica

Ciro Gomes oficializa candidatura em Brasília

Em discurso, o candidato do PDT atacou os privilégios e defendeu o amplo debate de opiniões

Bernardo Bittar, Deborah Fortuna
postado em 20/07/2018 12:54

Ciro voltou a fazer mea culpa em relação ao seu temperamento

A candidatura de Ciro Gomes (PDT) à presidência da República foi oficializada na sede nacional do partido, em Brasília, na manhã desta sexta-feira (20/7). Esse é o primeiro dia de convenções partidárias, que seguem até 5 de agosto. Com discurso inflamado e acompanhado da família, o presidenciável frizou a importância da união de pensamentos contrários e falou sobre as metas e projetos que pretende investir, caso seja eleito em outubro.

Com a tendência do Centrão em apoiar a campanha de Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro se mostrou mais aberto para as articulações em torno do centro. ;Vamos promover um debate fraterno, que basicamente começa por respeitar às diferenças. Acabar com essa ideia de brasileiro contra brasileiro, se ferindo pela internet. Porque é tão grave e compelxa a situação que precisamos de todas as ideias, porque ninguém é dono da verdade;, afirmou Ciro. E completou, alfinetando outros pré-candidatos que disputam o palanque : ;Apesar de alguns estarem com simplifcações grosseiras e frases prontas de efeito;.

Durante a fala, Ciro falou sobre a importância da indústria, redução da pobreza, e a necessidade do aumento de empregos formais dentro do país. Além disso, o candidato também reforçou o discurso das minorias, defendendo o sistema de cotas para negros em universidades públicas, além de repudiar o assassinato de jovens. ;A imensa maioria dos homicídios são de pobres, negros, pardos, cablocos. E para nossa revolta aumentar, apenas uma quantidade minúscula desses casos no país foram investigados;, disse.

No fim, ele também falou sobre o corte de privilégios. ; Comigo, o privilégio será perseguido, seja de quem for. Poderosos como eles acham que são. O apelo aqui é por um debate amplo, franco e generoso de uma única grande nação;, completou.

Sem o Centrão, a tendência é que Ciro se aproxime do PSB, partido no qual tenta fechar aliança desde a pré-candidatura. Uma eventual coalizão aumentaria o tempo de televisão e o fundo eleitoral do pedetista.

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