Pré-candidato do PSDB à Presidência da República, o ex-governador Geraldo Alckmin prometeu uma reforma para simplificar o sistema tributário e reduzir impostos. Em entrevista dada ao programa da jornalista Mariana Godoy, da RedeTV, Alckmin negou ser um candidato da política tradicional (;establishment;) ou do mercado, ao garantir que vai enfrentar as corporações. O tucano reforçou seu compromisso com as reformas, que, segundo ele, devem ser feitas no primeiro semestre do mandato.
"Eu sou o candidato da mudança. [Para] quem não quer mudar nada, não sou o candidato", disse o ex-governador paulista na entrevista, transmitida no fim da noite de ontem. "Vou enfrentar as corporações. O Brasil foi cooptado pelo corporativismo", acrescentou Alckmin, explicando que esse enfrentamento envolve realizar privatizações, reduzir o tamanho do Estado e reformar o sistema previdenciário. Alckmin sustentou que vai cortar gastos e simplificar o modelo tributário brasileiro.
Segundo ele, o futuro governo precisará aproveitar o capital político vindo das urnas para implementar logo nos primeiros seis meses do mandato uma grande agenda de reformas. "Quem for eleito vai ter quase 60 milhões de votos. A força é muito grande. Tem que aproveitar os primeiros seis meses para fazer todas reformas", disse Alckmin, citando entre suas prioridades as reformas política, do Estado - ou seja, diminuir o tamanho do governo - e tributária.
A respeito da reforma tributária, disse que a ideia é, em um segundo momento, reduzir os impostos. "Vamos simplificar a questão tributária. Cinco impostos - IPI, ICMS, ISS, PIS e Cofins -, nós vamos substituir por um imposto que é o IVA. No mundo inteiro esses cinco impostos são um só, que é o imposto de valor agregado", disse o pré-candidato do PSDB.