postado em 02/08/2018 11:51
Depois de uma quarta-feira em que conseguiu impedir o apoio do PSB em nível nacional a Ciro Gomes ; um movimento feito sob coordenação do próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ; e conseguir fechar aliança com os socialistas em 11 estados, o PT volta toda sua atenção agora para o Judiciário, principal obstáculo para que Lula seja apresentado na tevê como candidato antes de ter sua candidatura impugnada.
O alerta vermelho na direção petista acendeu quando o ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), pediu pressa no julgamento de um pedido de liberdade feito pela defesa de Lula e sinalizou que incluirá na discussão a questão da elegibilidade de Lula. Fachin disse que espera ver o caso julgado antes de 15 de agosto, prazo final para registro de candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Diante dessa possibilidade, o PT já avalia dois movimentos, segundo a Folha de S. Paulo. O primeiro seria desistir do pedido de liberdade para evitar que, além de ele ser negado, acabar servindo para impedir que Lula se apresente como candidato.
O outro é apresentar Lula como candidato na tevê mesmo que a Justiça impeça que ele seja apresentado como tal. Segundo a jornalista Mônica Bergamo, o partido acredita ser possível mostrar Lula como aspirante ao Planalto em uma candidatura sub judice, pois apresentará recursos contra a decisão que torne Lula inelegível.
Com esses movimentos recentes, o PT busca mostrar, neste momento, que seu plano é mesmo levar a candidatura do ex-presidente até as ultimas consequências, evitando falar de plano B, por ora. Porém, não sai do radar dos petistas a estratégia de se ver forçado a indicar um nome para substituir Lula. Marqueteiros ligados ao partido calculam que Lula consiga transferir de 17% a 22% para o plano B, o que colocaria os petistas no segundo turno das eleições, com ou sem Lula candidato.