Antonio Temóteo
postado em 02/08/2018 19:18
A senadora Ana Amélia (PP-RS) condicionou o acerto para ser vice na chapa presidencial liderada pelo ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) à composição política no Rio Grande do Sul. Ela seria candidata à reeleição, apoiava o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP) para o governo do estado e faria palanque para o deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) concorrer ao Palácio do Planalto. A ideia agora é que Heinze dispute o Senado ou seja vice na chapa do ex-prefeito de Pelotas, Eduardo Leite (PSDB).
[SAIBAMAIS] A aliança entre os dois, entretanto, não tem agradado os caciques do PP e outros líderes do Centrão ; bloco formado por PP, DEM PRB, PTB e Solidariedade. O nome de Ana Amélia não é consenso em seu partido e também entre siglas do Centrão. Apesar de o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), negar que há divergências ou veto ao nome da senadora, correligionários afirmam que ela não tem qualquer entrosamento com a cúpula do partido.
Ana Amélica era crítica à política econômica do PT, quando o partido fazia parte da base governista de Dilma Rousseff, e sempre adotou um perfil de independência em relação as orientações da legenda. Além disso, caciques do PP temem que o partido perca espaço em um eventual governo de Alckmin e afirmam que a escolha e da cota pessoal do candidato. Atualmente, a agremiação controla os ministérios da Saúde, da Agricultura, das Cidades e o comando da Caixa Econômica Federal.