Agência Estado
postado em 04/08/2018 20:30
Oficializado candidato pelo Partido Novo na tarde deste sábado (4/8), o empresário João Amoêdo criticou o posicionamento do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) em relação a pautas liberais na economia.
"Avaliei as posições dele nos últimos 30 anos porque acho que a gente tem de acreditar naquilo que a pessoa fez, e não no que fala. E acho que ele permanece o mesmo. Ele notou que há uma demanda da população pelo liberalismo. Mas tenho sérias dúvidas de que ele tenha se convertido", disse, em coletiva de imprensa
Bolsonaro não foi o único candidato criticado. Sem citar o nome de Ciro Gomes (PDT), o postulante do Novo disse que "não é verdade, como tem candidato que diz por aí, que o Brasil gasta metade do orçamento com pagamento de juros da dívida".
Questionado sobre o fato de o Partido Novo não ter como bandeira a liberalização das drogas e a descriminalização do aborto, Amoêdo afirmou que a sigla é "mais liberal" que legendas liberais de outros países. "Nós damos a liberdade para que cada mandatário tenha a opinião que quiser sobre estes temas. Nossa prioridade é o liberalismo econômico", afirmou.
Ele ressaltou ainda a necessidade de privatização das estatais, o fim do voto obrigatório e a revogação do referendo sobre armas.
Sobre o fato de o Novo não ter nenhuma mulher na cabeça de chapas estaduais, Amoêdo reagiu e disse que "há muito incentivo pela participação de mulheres no Novo".
A convenção nacional do Novo contou com 1,1 mil pessoas no auditório da Amcham, em São Paulo. Após processo seletivo com mais de 1,3 mil pessoas, 420 candidaturas foram homologadas, sendo 6 ao Senado e 5 a governos estaduais.