Politica

Maia e Eunício desistem de agenda com Temer e viajam para Argentina

Os presidentes da Câmara e do Senado iriam acompanhar o Presidente da República em viagem ao Paraguai

Agência Estado
postado em 14/08/2018 18:32
Maia e Eunício saem do País para não assumirem a Presidência da República e não se tornarem inelegíveis pela Justiça Eleitoral
Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), viajaram juntos para a Argentina na tarde desta terça-feira (14/8). Eles desistiram de acompanhar o presidente Michel Temer na cerimônia de posse do novo presidente do Paraguai, Mário Abdo Benítez, que acontecerá amanhã (15/8).

A assessoria do Palácio do Planalto chegou a confirmar, na semana passada, que os três embarcariam juntos para a solenidade após Temer fechar um acordo com os congressistas.

[SAIBAMAIS]Maia e Eunício, no entanto, preferiram se ausentar do Brasil rumo à capital portenha. Eles levaram as respectivas esposas e viajaram em um voo privado, de acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado. Eles deverão voltar ao Brasil na noite de quarta.

Temer embarcará para o Paraguai na manhã desta quarta. Enquanto os três estiverem fora do Brasil, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, assumirá a presidência do Brasil Esta é a quinta vez que ela assume o cargo provisoriamente.

Apesar de terem sido convidados diretamente por Temer, Eunício e Maia não haviam confirmado participação na cerimônia de posse de Benítez.

Como o presidente não tem vice-presidente, os presidentes da Câmara e do Senado, nesta ordem, teriam de assumir o governo na ausência do presidente da República. Os dois, no entanto, não podem fazer isso porque querem disputar a reeleição.

Pela Lei da Inelegibilidade, eles ficariam impedidos de concorrer a cargos no Congresso se assumissem o Planalto no prazo de seis meses antes do pleito.

Desde abril deste ano, os chefes do Legislativo já foram forçados a fazer quatro viagens ao exterior durante a ausência de Temer e ficaram incomodados com isso, porque os deslocamentos atrapalham seus trabalhos tanto no Legislativo, quanto em suas bases eleitorais.

Em todas essas ocasiões, quem assumiu o Planalto foi Cármen Lúcia, terceira na linha sucessória atual.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação