Agência Estado
postado em 18/08/2018 22:06
O presidente Michel Temer convocou para este domingo (19/8), às 10 horas, no Palácio do Jaburu, sua residência oficial, uma reunião de emergência para avaliar a situação em Roraima, onde brasileiros e venezuelanos entraram em conflito neste sábado, depois de um comerciante de Pacaraima ter sido assaltado, supostamente por quatro venezuelanos.
Revoltados com o fato de as ruas da cidade estarem tomadas por acampamentos improvisados de venezuelanos, expulsos de seu país por conta da crise econômica, social e política, provocada pelo governo Nicolás Maduro, os moradores de Pacaraima, depois do violento assalto, resolveram reagir à presença dos venezuelanos, tocando fogo nos acampamentos e pertences deles e forçando-os a deixar o Brasil. O clima é de tensão e preocupa as autoridades brasileiras.
Pelo menos quatro ministros participarão da reunião com o presidente Temer: da Segurança Pública, Raul Jungmann, dao Gabinete de SEgurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, da Defesa, general Joaquim Silva e Luna e das Relações Exteriores, Aloysio Nunes. Jungmann, que estava fora de Brasília, já retornou à capital para participar do encontro.
Por enquanto, o governo federal ainda não enviou reforço para a cidade fronteiriça com a Venezuela. Mas um avião da Força Aérea e homens da Força Nacional de Segurança Pública já estão prontos para serem embarcados, se houver necessidade.
O governo federal teme que a situação tensa em Pacaraima se estenda para Boa Vista e possa gerar um confronto generalizado nas duas cidades. Os brasileiros que moram em Roraima se queixam da criminalidade ter aumentado no estado e da situação crítica que se vê nas cidades, por conta da "invasão" de venezuelanos,que criaram um colapso no sistema público local, além de estarem espalhados em acampamentos improvisados em todos os pontos das cidades.
O governo de Roraima tenta conseguir fechar a fronteira para os venezuelanos, mas a medida é rejeitada pelo PLanalto. O problema acaba se agravando, com disputas politicas e acusações de parte a parte, turbinado pelo momento eleitoral.
A revolta deste sábado começou em decorrência do assalto a um dos moradores de Pacaraima, o comerciante Raimundo Nonato de Oliveira, de 55 anos, que teve a casa invadida e foi espancado durante um assalto que teria sido praticado por quatro venezuelanos. Atingido na cabeça, o homem foi levado para uma hospital da capital, Boa Vista, por causa dos ferimentos.
Os governos estadual e federal estão reforçando os hospitais, caso haja necessidade de atendimento e mais policiais do estado e de tropas federais foram convocados para reforçar a segurança. Em Pacaraima, o Exército está reforçando a segurança do perímetro do acampamento legalizado para evitar invasões ou ameaças. O governo federal quer evitar novos confrontos e o por isso, o patrulhamento na cidade foi aumentado.
O governo federal está acompanhando a evolução do confronto. De acordo com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, "a situação está tensa, mas se estabilizou e está sob controle". O ministro informou que requisitou um avião da Força Aérea para transportar uma equipe de reserva da Força Nacional, de Brasília, para reforçar a segurança local se houver necessidade. O presidente Michel Temer está sendo informado e as autoridades federais estão monitorando e acompanhando o desenrolar dos acontecimentos no local.
Segundo o ministro Jungmann, para evitar mais problemas, o Exército está reforçando a segurança do perímetro do acampamento legalizado, também em Pacaraima. Ao mesmo tempo, a Polícia Federal deportou os venezuelanos que estavam em situação irregular. O governo quer evitar novos confrontos e o patrulhamento na cidade foi aumentado.