Politica

Delator cita pagamentos a ex-assessor da Casa Civil de Beto Richa

Agência Estado
postado em 23/08/2018 13:25
O contador da Concessionária Econorte Hugo Ono, revelou em delação premiada, supostos pagamentos da empresa a Carlos Nasser, ex-assessor da Casa Civil do ex-governador Beto Richa (PSDB). Ele teve seu acordo homologado pela Justiça Federal do Paraná, no âmbito da Lava Jato. Ele prestou depoimentos em ação penal aberta contra 18 pessoas na Operação Integração, 48ª fase da Lava Jato, que apura desvios e fraudes em licitações no Departamento de Estradas e Rodagens do Paraná. Os denunciados respondem por lavagem de dinheiro de R$ 91 milhões. Por não citar investigados com foro privilegiado, Ono, que não é um dos denunciados, teve seu acordo homologado pelo juiz federal Paulo Sérgio Ribeiro, da 23ª Vara do Paraná. Ele se comprometeu ao pagamento de multa de R$ 50 mil, além da confissão de supostos crimes. Entre os denunciados, estão administradores e funcionários da concessionária de pedágios Econorte, que integra o grupo Triunfo, operadores financeiros envolvidos com a concessionária e servidores públicos. Ele afirmou que o empresário Leonardo Guerra entregou a ele "valores em espécie" para pagamento de propinas entre 2012 até 2015, usualmente no valor de R$20 mil mensais. Um dos destinatários, segundo o colaborador, era Carlos Nasser, ex-assessor da Casa Civil. "Tive um contato com ele telefônico, que na época me avisaram que ia me ligar. Eu atendi uma vez, e uma segunda vez, ele me cobrou atraso de pagamento. Ele cobrou só uma vez. Eu falei para o Leonardo. olha, ligou cobrando atrasado", afirmou. Os pagamentos teriam ocorrido em meados de 2012, segundo o delator. Segundo a força-tarefa Lava Jato em Curitiba, os denunciados "implantaram um esquema de contratações fraudulentas e desvios no âmbito da Econorte, com o objetivo de fraudar o equilíbrio econômico financeiro do contrato de concessão com o Paraná, além de gerar dinheiro em espécie para pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos e também para enriquecimento dos próprios administradores e funcionários da concessionária". A reportagem não localizou até o fechamento deste texto a defesa dos acusados e deixou o espaço aberto para manifestação.

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