Gabriela Vinhal - Enviada especial
postado em 24/08/2018 14:44
Ipameri (GO) ; A candidata pela Rede à Presidência da República, Marina Silva, disse, nesta sexta-feira (24/08), que, se eleita, não privatizará a Embrapa e ampliará o crédito rural para o agronegócio sustentável. Em visita à fazenda Santa Brígida, ao lado do candidato a deputado distrital André Lima, ela criticou a PL do Veneno, a demora na modernização das novas técnicas de agricultura no país e a falta de políticas públicas que priorizem o meio ambiente.
"O PL dos agrotóxicos não é adequado para o Brasil se tornar um país cada vez mais competitivo na agricultura. Temos um potencial de exportação muito grande e, quanto melhores forem nossas práticas, mais abertura o país terá nos mercados norte-americanos e europeus", disse Marina. "A Embrapa tem um papel estratégico para a agricultura. Caixa, Banco do Brasil e Petrobras não serão privatizadas", complementou.
A ex-ministra vê, de forma positiva, o futuro do agronegócio no país. Em seu governo, pretende criar políticas públicas que ajudem a aprimorar o treinamento especializado para a prática sustentável. "É preciso valorizar as tecnologias que já existem, melhorar a produção agrícola e integrar a economia e a ecologia. Decidi há muito tempo que temos que usar as boas ideias e transformá-las em políticas públicas. Se o Estado aprimorasse o que já existe, não erraria com tanta frequência."
Na primeira fazenda exemplo da integração entre a produção agrícola rentável e a proteção do meio ambiente, Marina afirmou que, se eleita, pretende ampliar o modelo para todo o país. A tecnologia utilizada na propriedade faz parte do conjunto de práticas conhecido como agricultura de baixa emissão de carbono, financiado desde 2010 pelo governo federal para ajudar a aumentar a produtividade, a renda do produtor e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
"O mundo está passando por uma grande transformação por conta da crise climática e seremos muito prejudicados se não fizermos nada, mas se fizermos o dever de casa, podemos reverter. No plano de governo, temos a noção de que a agricultura tem uma importância estratégica. Gera 20% dos empregos e representa 22% do PIB. Temos um grande desafio porque também representa 22% das emissoes de CO;", completou.