Juliana Cipriani/Estado de Minas
postado em 30/08/2018 10:05
O candidato do PDT à Presidência, ex-governador Ciro Gomes, fez um convite aos eleitores do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) na manhã desta quinta-feira (30/8), em Belo Horizonte, e voltou a criticar o adversário. Segundo o presidenciável, se eleito, o rival "precipitaria uma guerra civil" no Brasil. Por esse motivo, Ciro diz ter a obrigação de "evitar uma tragédia".
[SAIBAMAIS]"Se alguém está procurando autoridade, chega pra cá. Se está procurando decência, chega pra cá", afirmou à Rádio Itatiaia, quando questionado sobre a possibilidade de disputar um eventual segundo turno com Bolsonaro.
Ciro disse conhecer bem Jair Bolsonaro, por ter convivido com ele na Câmara dos Deputados, e garantiu que ele "identificou o que há de mais selvagem na população brasileira", interpretando um personagem baseado nisso.
O candidato do PDT afirmou que ele se apresenta como novidade, mas é um "carreirista" na política. "Faz questão de fazer apologia à ignorância e não se sente responsável por arbitrar problemas dos brasileiros. (;) Respeito o povo brasileiro, mas tenho obrigação de lutar para evitar essa tragédia", disse.
;Futrica; de Bonner
O candidato do PDT voltou a reclamar da entrevista no Jornal Nacional, na qual teve um embate com os jornalistas William Bonner e Renata Vasconcelos sobre a situação do presidente do PDT, Carlos Lupi. Ciro disse que queria falar de propostas, mas os entrevistadores ficaram fazendo "futrica" com ele.
Sobre o processo que o dirigente partidário responde em Brasília, o candidato disse que qualquer um tem processos cíveis e que ele mesmo responde a um por ter chamado o presidente Michel Temer (MDB) de ladrão. O candidato reafirmou a confiança em Lupi.
Tira o nome do SPC
Sobre a personalidade explosiva, Ciro afirmou não ter "sangue de barata" e prometeu usar a disposição para governar com "mãos de aço".
O candidato explicou mais uma vez a proposta de tirar o nome dos brasileiros do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), dizendo que a maioria das dívidas são renegociadas com até 80% de desconto. Ciro disse que vai distribuir cartilhas nas ruas de BH sobre o assunto.
A proposta dele, segundo diz, é fazer uma espécie de negociação para um desconto coletivo e oferecer um financiamento do Banco do Brasil com parcelas de R$ 40 para que os devedores paguem suas contas.