Agência Estado
postado em 02/09/2018 19:49
Candidato à presidência pelo Podemos, o senador Alvaro Dias comemorou neste domingo, 2, a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de rejeitar, na sexta-feira, 31, a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso e condenado na Lava Jato. Ele afirmou que a decisão "respeita o Brasil decente" e que dá um recado aos políticos para que "não brinquem mais com a boa-fé do brasileiro".
"Na verdade, o que assistimos foi a uma empulhação, uma patifaria. O julgamento (do TSE) foi correto e repõe a verdade", declarou em evento de campanha em Curitiba, capital do Estado que já governou. O senador participou de um almoço beneficente promovido pela organização maçônica Grande Oriente do Brasil, em prol de diversas entidades de assistência social de Curitiba, especialmente na área de assistência à saúde.
Questionado sobre a expectativa diante do início da propaganda eleitoral na TV e rádio, Dias voltou a defender uma reforma política, pois considerou a campanha "desonesta, injusta e antidemocrática". "Vai se estabelecer o confronto de lambaris contra tubarões. Tubarões do dinheiro do fundo eleitoral, do tempo de rádio e televisão, e do dinheiro próprio, porque candidatos ricos podem gastar seu próprio dinheiro na campanha e vão gastar parte de sua fortuna para tentar se eleger", reclamou.
Em uma coligação que inclui o Podemos, o PSC e o PRP, o presidenciável tem 40 segundos para expor suas propostas nos programas de rádio e TV. No primeiro programa, ele explorou a Operação Lava Jato, com filmagens do entorno do prédio da Polícia Federal, em Curitiba, onde o ex-presidente Lula está preso desde abril. Na narração, o candidato diz: "Tem gente visitando a minha cidade para homenagear o político preso". O senador também explorou a imagem do juiz Sergio Moro, responsável pelos processos de primeira instância da operação.
Durante o evento em Curitiba, Dias tratou de propostas relacionadas à área da saúde. Entre elas está a ideia de criar uma careira típica para o "médico federal", que substituiria o Mais Médicos, programa criados nos governos petistas. Ele também defendeu mudanças na legislação que oferece isenção de impostos para usuários de planos de saúde.
"Há planos que cobram menos, mas a agência não fiscaliza e o atendimento é precário, e os dependentes desses planos acabam no SUS. Então nós estamos gastando duas vezes: isentando impostos de um lado para os planos de saúde e, de outro lado, recebendo os dependentes dos planos de saúde em hospitais públicos", disse.