Politica

Bolsonaro pretende unir ministérios e diz que 30% da saúde vão para o ralo

Deputado esteve presente na Câmara nesta terça e defendeu a fusão do Ministério da Agricultura com o Ministério do Meio Ambiente

Alessandra Azevedo, Lucas Valença - Especial para o Correio
postado em 04/09/2018 18:47
Segundo Bolsonaro, 30% dos recursos vão para o ralo
O candidato à presidência da República pelo Partido Social Liberal (PSL), Jair Bolsonaro, afirmou que 30% dos recursos da saúde vão para o "ralo", além de defender a junção do Ministério da Agricultura com o Ministério do Meio Ambiente. O então deputado federal esteve presente na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (04/09) e foi abordado por jornalistas ao sair da Comissão de Agricultura da casa legislativa.

Para o deputado federal Jair Bolsonaro cerca de um terço dos recursos da saúde se perdem por escândalos de corrupção e "procedimentos duplicados", além da falta de uma saúde preventiva eficiente. Para o parlamentar não adianta falar em aumentar os gastos, pois além da PEC do Teto, o Estado não possui dinheiro o suficiente. "Quase todo o orçamento está comprometido com a despesa obrigatória", ressalta.

[VIDEO1]
O candidato também declarou que pretende unir os ministérios da Agricultura e do Meio-Ambiente. Segundo o deputado, a medida ajudará a corrigir distorções que ;atrapalham; o agronegócio e a agricultura familiar no Brasil. "A fusão desses dois ministérios (Agricultura e Meio-ambiente) tiram um montão de problemas da classe produtora do campo", acredita.

Jair Bolsonaro criticou o fornecimento de subsídios a importadores e afirmou que os produtores locais vivem na "lei do cão", já que, segundo o deputado, não possuem os mesmos benefícios. "Estamos importando bananas do Equador. Importando milho do Paraguai. Importando Etanol, de milho, dos EUA. Pasta de agua-de-coco da Indonésia. Esse país não tem como dar certo". E completa: "O ideal é não ter subsídio, o ideal. Mas se tiver de dar, daremos sim", explica.

O candidato disse que não possui a intenção de "privatizar tudo", pois pretende manter públicas as empresas que considera estratégicas para o Estado. "Agora, (nós temos mais de) 140 estatais, acredito que mais de 100 dá para privatizar tranquilamente", afirmou.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação