Politica

Temer classifica como lamentável o atentado contra Jair Bolsonaro

O presidente disse também que o episódio demonstra a falta de tolerância da sociedade brasileira

Rodolfo Costa
postado em 06/09/2018 17:15
Temer:
O presidente Michel Temer se solidarizou com o . Durante cerimônia em que o governo destinou R$ 162 milhões de investimento à construção de cisternas para garantir acesso à água para consumo das famílias e produção de alimentos na Amazônia, o emedebista classificou o ataque como um "episódio lamentável para a democracia" e "intolerável". De maneira velada, também fez críticas a adversários políticos.
O ataque a Bolsonaro reforça, na avaliação de Temer, a importância de conscientização no atual contexto político, de candidatos que deturpam dados e a insegurança para fazer campanha. "É intolerável exatamente a intolerância que tem havido na sociedade brasileira. É intolerável que as pessoas falseiem dados durante a campanha. É intolerável que, em um estado democrático de direito, que não existe a possibilidade de campanha tranquila, em que as pessoas vão e apresentem seus projetos", ponderou.

A tranquilidade para colocar a candidatura nas ruas é de fundamental importância no entendimento de Temer. Para ele, os eleitores não votam mais em candidato, mas em proposta. E, para se fazer isso, é necessário o contato "corpo a corpo". "É um equívoco. Votar em candidato é coisa de cultura atrasada. Tem que votar em projetos. E, para votar em projeto, tem que andar pelo país. Relato este fato para não deixar passar em branco este episódio triste."

O presidente fez questão de fazer o "relato" para "não deixar passar em branco" o "episódio triste". "É um episódio lamentável para a democracia. Mas o candidato passará bem e não ocorrerá nada mais grave", declarou. Sem citar nomes, Temer também criticou rivais políticos. Além de criticar "pessoas que falseiam dados" durante a campanha, sugeriu que o ataque "sirva de exemplo" para que percebam que a "intolerância é a debelação do estado de direito". "Não temos Estado de Direito se houver intolerância. E a intolerância deriva da falta de cumprimento do texto legal da Constituição", declarou.

No início da tarde, Temer gravou um vídeo em que critica o vice-candidato do PT, Fernando Haddad. Ao petista, que o acusa de "golpe" contra a ex-presidente Dilma Rousseff, Temer sugeriu a leitura da Constituição. A Carta Magna, por sinal, foi mencionada diretamente ou se fez referência a ela pelo emedebista em sete ocasiões em vídeo publicado nas redes sociais.
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