Anderson Costolli
postado em 07/09/2018 15:34
A família de Jair Bolsonaro (PSL), candidato à Presidência da República que sofreu um atentado nessa quinta-feira (7/9) em Juiz de Fora (MG), tem usado as redes sociais para manter os seguidores informados quanto ao estado de saúde do presidenciável. Um dos filhos dele, o deputado estadual Flávio Bolsonaro fez uma live no Facebook e, em pouco mais de 15 minutos, agradeceu ao apoio dos eleitores, criticou as pessoas que comemoraram o ataque ao pai, esbravejou críticas contra a imprensa e terminou a transmissão chorando, enxugando as lágrimas na bandeira nacional. Bolsonaro recebe uma facada no abdômen, foi submetido a uma cirurgia de risco, mas não corre risco de morte.
No início da live, Flávio relembrou que o ferimento do pai foi mais grave do que se imaginava inicialmente. Ele chegou a divulgar em sua conta no Twitter que o corte teria sido superficial, corrigindo a informação posteriormente, ainda em sua página na internet. "Foi uma cirurgia muito complicada e, segundo os médicos, por questão de milímetros ele não teria nem tempo de chegar ao hospital", relembrou o deputado, que também está na corrida eleitoral, por uma vaga no Senado.
Flávio agradeceu aos policiais federais que faziam a escolta do candidato ao Planalto, e disse que a agilidade na hora do socorro foi crucial. Após os agradecimentos, o parlamentar iniciou uma série de ataques, defendeu o porte de armas, exaltou o exército e disse que, às vezes, sim, "é na bala que tem que resolver mesmo", citando o combate ao crime organizado.
Ao fim do vídeo, Flávio chorou, relembrando a cirurgia do pai. "Ele vai ficar bem. Daqui a pouco estou em São Paulo e dou mais informações a vocês. Obrigado, Brasil", finalizou.
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No Twitter do candidato a chefe do executivo federal, dois novos posts foram feitos nesta sexta-feira (7/9). Em ambos, Jair Bolsonaro agradece aos seguidores pelas orações, à equipe médica e a Deus. "Estou bem e me recuperando", disse o presidenciável.
No último boletim médico divulgado pela equipe do hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde o candidato está internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI), o diretor da unidade afirma que Bolsonaro está "consciente e em boas condições clínicas". "O paciente está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) onde realizou exames laboratoriais e de imagens e foi avaliado por equipe multiprofissional. O tratamento iniciado anteriormente em Juiz de Fora (MG) está sendo continuado", diz a nota.
Até o início da tarde desta sexta-feira, Carlos, também filho do deputado, era o único membro da família que estava em São Paulo, acompanhando o pai. Mais cedo, a advogada Janaína Paschoal, candidata a deputada estadual pelo PSL paulista, esteve também no hospital, prestando solidariedade ao colega de sigla. O deputado major Olímpio (PSL SP), candidato a senador, também esteve na unidade de saúde e disse que não vê riscos à campanha com a necessária recuperação do candidato. "Trabalharemos em dobro", disse.
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O ataque
Bolsonaro estava nos ombros de um apoiador, no centro de Juiz de Fora (MG), quando recebeu uma facada na região do abdômen. Ele foi socorrido imediatamente e levado à Santa Casa, na Zona da Mata mineira. O candidato foi submetido a uma cirurgia complicada, pois teve parte do intestino atingido. Segundo a equipe médica, o estado de saúde dele é estável, porém ainda é grave.
Por volta das 8h20 desta sexta, o candidato foi levado para o Aeroporto Regional Presidente Itamar Franco, em MG, em direção a Congonhas (SP). Ainda sob cuidados médicos, o estado de saúde de Bolsonaro é estável, apesar de bastante delicado. Ele deve passar por uma nova cirurgia, ainda sem data marcada.
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O homem acusado de tentar matar o presidenciável foi preso em flagrante, logo após dar uma facada no candidato. Adelio Bispo de Oliveira foi filiado ao PSol entre 2007 e 2014. Desde então, não aderiu a outro partido político. O homem, de 40 anos, disse a policiais federais que o prenderam em flagrante que agiu por conta própria, em cumprimento a uma "ordem de Deus". Foi instaurado inquérito para apurar o caso. Um segundo suspeito, também detido pela PF, foi interrogado e liberado em seguida, apesar de continuar sob investigação.
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