Politica

Ministros de Temer divergem sobre motivação de autor de ataque a Bolsonaro

Enquanto o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional declarou não descartar 'possibilidade nenhuma', o ministro da Segurança Pública classificou a agressão como um 'Caso isolado'

Rodolfo Costa
postado em 07/09/2018 16:39

Ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, e o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann

A possibilidade de motivação política no atentado ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro, está provocando divergências entre auxiliares do presidente Michel Temer. O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Sérgio Etchegoyen, declarou não descartar ;possibilidade nenhuma; sobre o ataque. Já o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, adotou um tom mais comedido e classificou a agressão como um ;ato isolado;.

Os agentes da Polícia Federal (PF) em Juiz de Fora (MG), onde Bolsonaro foi alvejado, estão fazendo levantamento de toda a rede de relacionamento do principal suspeito, Adélio Bispo de Oliveira. ;Está sendo feita a reconstrução de todos os passos daquele que cometeu o atentado até chegar lá onde podemos voltar atrás;, afirmou. O mesmo procedimento será feito a todos os outros suspeitos.

A Polícia Militar de Minas Gerais, no entanto, trabalha com a hipótese de um ataque premeditado. Agentes da instituição estão atrás de telefones celulares, documentos ou qualquer outra pista que possa esclarecer se o autor do crime agiu sozinho ou se teve ajuda. Jungmann reconhece que, no âmbito da PM e da Polícia Civil de Minas, há preocupação com outros suspeitos, que ainda serão ouvidos. No entanto, a PF ainda trabalha com a hipótese de um ataque isolado. ;É o que chamamos de lobo solitário;, disse.

O ministro da Segurança Pública esclarece que, além de Adélio, outros dois suspeitos foram presos. Um deles prestou depoimento ontem e foi solto. O outro foi ferido durante o ;processo;, e está hospitalizado. ;É a informação que temos por ora;, afirmou. Etchegoyen, que não descarta ;possibilidade nenhuma; sobre a motivação do ataque, ressaltou, no entanto, o que adiantar qualquer coisa é ;concluir precipitadamente;.

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