O candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, evitou comemorar os números da pesquisa Datafolha divulgada na segunda-feira, 10, que mostraram crescimento dele nas simulações de primeiro e segundo turnos. "É muito bom trabalhar e ver que seu esforço está sendo reconhecido", afirmou, ponderando com o mantra que usa para comentar levantamentos eleitorais. "Como sempre digo, pesquisa é retrato de momento, mas a vida não é retrato, é filme. A grande pesquisa que eu quero é a de 7 de outubro."
No cenário de primeiro turno, Ciro subiu de 10% para 13% e aparece numericamente em segundo lugar, mas tecnicamente empatado com Marina Silva (11%), Geraldo Alckmin (10%) e Fernando Haddad (9%). Jair Bolsonaro lidera com 24%.
Nas simulações de segundo turno, Ciro vence Bolsonaro por 45% a 35%, ganha de Marina por 41% a 35% e aparece numericamente à frente de Alckmin, mas tecnicamente empatado com o tucano, com 39% a 35%.
Nos bastidores, a equipe de campanha de Ciro demonstra moderado otimismo. Assessores dele já esperavam crescimento nesta altura da campanha e avaliam que está havendo migração para o pedetista de votos de Marina e, principalmente, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Mas eles ponderam que o momento é de espera, uma vez que Haddad somente vai se lançar na corrida presidencial nesta terça à tarde. "Vamos esperar a pesquisa da semana que vem, quando o cenário vai estar mais claro", comentou ao Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) um membro da campanha pedetista.
Um dado muito comentado pela equipe "cirista" foi o do aumento da rejeição de Bolsonaro, que, segundo o Datafolha, passou de 39% em agosto para 43% agora.
Um interlocutor da campanha em São Paulo lembrou a fala do pedetista na segunda, em Mauá, cidade da grande São Paulo. "O Ciro falou ontem que uma coisa era solidariedade cristã, a outra é voto. É bem por aí", disse.