Politica

Alckmin diz que oficialização de Haddad como candidato encerra 'enganação' do PT

Questionado sobre disputa com petista, tucano diz que não existe adversário difícil ou fácil

Agência Estado
postado em 11/09/2018 15:40

Candidato à Presidência pelo PSDB Geraldo Alckmin

A confirmação do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como o substituto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na chapa do PT põe fim à "enganação" que o partido vem fazendo há meses, afirmou nesta terça-feira, 11, o candidato à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin.


"Parou a enganação. É inacreditável o que o PT fez, esse tempo todo sabendo que o Lula não ia ser candidato, ficou com essa enganação com dois objetivos: primeiro, vitimização; segundo proteger o Haddad, porque quando vira candidato, fica sujeito à transparência absoluta."

Questionado sobre se Haddad é um candidato difícil a ser batido, o tucano disse que não existe adversário difícil ou fácil. "O que tem que fazer, que faço cotidianamente, é dialogar com a sociedade. Esta é uma campanha fria, de grande desencanto. E, portanto, o interesse é crescente daqui para a frente."

Repetindo um comentário que fez mais cedo, durante uma sabatina na capital, Alckmin afirmou ainda que Ciro Gomes (PDT), assim como Haddad, Marina Silva (Rede) e Henrique Meirelles (MDB), faz parte dos "adoradores de Lula". "Todo mundo foi do time de Lula", disse sobre os presidenciáveis, todos ex-ministros do líder petista.

O tucano fez ainda uma ligação entre Jair Bolsonaro (PSL) e o governo petista. "Temos, de outro lado, candidatos que sempre votaram com Lula, caso do Bolsonaro. Então, se pegarmos os votos dele, vamos ver toda aquela coisa corporativa, atrasada, contra a quebra do monopólio do petróleo, o cadastro corporativo", enumerou.

Os comentários foram feitos nesta tarde durante a entrega do relatório Novas Medidas Contra a Corrupção, um compilado de 70 propostas elaborada pela Unidos contra a Corrupção, grupo que reúne a Transparência Internacional e outras entidades. Além do tucano, receberam o relatório os candidato Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL).

Sobre a prisão de seu aliado, o ex-governador do Paraná, Beto Richa, Alckmin disse apenas que ele vai prestar contas à sociedade e que a Justiça vai ser feita.

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