Renato Souza
postado em 13/09/2018 17:46
O ministro Dias Toffoli tomou posse como presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (12). Ele ocupa o lugar da ministra Cármen Lúcia, que deixou o comando da Corte por conta do encerramento do mandato.
O magistrado ficará na presidência do Tribunal até 2020. Com 51 anos de idade, ele é o mais jovem jurista a assumir a presidência do Supremo. Por força da legislação, ele acumula a função de presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A cerimônia de posse, realizada no plenário do Supremo, contou com a presença de ministros de Estado, governadores como o chefe do Executivo local do DF, Rodrigo Rollemberg, presidentes dos tribunais superiores e das demais instâncias, além de artistas, procuradores e familiares do novo presidente.
Perfil
Dias Toffoli tomou posse como ministro do Supremo há quase 10 anos, indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em sua carreira como ministro, atuou em diversos casos polêmicos, famoso por entrar em contradição com colegas de plenário. Assim que ingressou no Tribunal, ele participou do julgamento que resultou na liberdade do ex-ativista italiano Cesare Battisti.
Graduado em direito pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, que integra a Universidade de São Paulo (USP), Toffoli tem uma longa carreira na advocacia e no Poder Legislativo. Em 2010, ele foi presidente de uma comissão de juristas escolhidos pelo presidente do Senado para elaborar o anteprojeto do Código Eleitoral. O magistrado atuou como advogado em São Paulo entre 1991 e 1995, se mudando para Brasília em julho do mesmo ano.
Entre 1995 e 2000, foi assessor jurídico da Liderança do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados. A relação do jurista com o PT é antiga e foi bastante sólida antes de seu ingresso no Supremo. Em 1998, 2002 e 2006 foi advogado da legenda durante as campanhas eleitorais de Lula.
Ele ocupou ainda a subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, de 2003 a 2005, na gestão do então ministro José Dirceu. Prestou concurso para juiz de primeira instância em São Paulo em 1994 e 1995, sendo reprovado em ambas as tentativas.