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PT e PDT podem formar aliança contra Jair Bolsonaro no segundo turno

Em campanha no DF, Alckmin assinou compromisso com a primeira infância. Em São Paulo, Haddad acenou para um alinhamento com Ciro, que bateu de novo no petista. Já Marina Silva prometeu a sergipanos investir em energia limpa

Murilo Fagundes*
postado em 18/09/2018 06:00
Numa creche na Cidade Estrutural, Alckmin perdeu o equilíbrio e caiu de joelhos, mas ninguém se machucou
A reação do candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) às declarações do oponente Jair Bolsonaro, e os acenos de Fernando Haddad (PT) a Ciro Gomes (PDT) deram o tom dos discursos, ontem, na campanha na rua. Com a permanência do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, em unidade de terapia semi-intensiva do Hospital Albert Einstein, o vice da chapa, general Hamilton Mourão (PRTB), assumiu compromissos de agenda em um sindicato de São Paulo.

Alckmin esteve no DF. Na sede do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), ele assinou termos de compromisso com a primeira infância e prometeu vagas de pré-escola para todas as crianças de 4 e 5 anos. O tucano concedeu entrevista para jornalistas da imprensa internacional e almoçou com embaixadores de países parceiros do Brasil, com os quais se comprometeu a ampliar acordos internacionais na área de comércio exterior. Ele também visitou uma cooperativa de reciclagem na Cidade Estrutural e uma creche. No local, pegou um menino no colo, se desequilibrou e caiu de joelhos. O candidato não deixou a criança cair, e ninguém se machucou.

Como tem sido comum, Alckmin direcionou várias críticas a Bolsonaro, mas, ontem, o ex-governador de São Paulo atacou principalmente a desconfiança do militar em relação à possibilidade de haver fraude nas eleições para benefício do PT. ;Por que ter fraude? Ele quer justificar a derrota antecipada? Eu disputei 10 eleições. Ganhei, perdi. Não teve fraude nenhuma;, reprovou. ;Aliás, o Brasil é um exemplo no mundo de avanço tecnológico, de avanço eleitoral, que tem até uma Justiça eleitoral.;

Em São Paulo, o candidato do PT, Fernando Haddad, participou de uma sabatina, promovida por Folha de S.Paulo, UOL e SBT. O petista acenou com a possibilidade de alinhamento com Ciro Gomes no segundo turno. ;Continuarei lutando para estarmos juntos. Será possível no segundo turno e, mais ainda, no governo;, sustentou. Mais cedo, em entrevista a uma rádio, o pedetista novamente afirmou que a vaga de vice na chapa petista foi oferecida a ele, mas que recusou. ;O país não pode ter um presidente por procuração;, disparou, em referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Questionado sobre a influência de Lula em um futuro governo, Haddad chamou o ex-presidente de ;interlocutor permanente;. E afirmou: ;O presidente da República é que assina a lei. Jamais dispensaria a experiência do presidente Lula;.

Marina Silva, da Rede, esteve em Sergipe. A ex-senadora exaltou a capacidade produtiva do Nordeste e prometeu ;investir R$ 50 bilhões em energia limpa, com capacidade de geração de 2 milhões de empregos;. Ela criticou as gestões da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer e a candidatura ;olho por olho, dente por dente; de Bolsonaro.

*Estagiário sob a supervisão de Cida Barbosa

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