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Mourão critica ensino de filosofia e pede 'matérias mais importantes'

Candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL) disse que atual ensino básico "tem uma base curricular complicada"

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 18/09/2018 17:36
General Hamilton Mourão (PRTB)
Em palestra realizada na manhã desta terça-feira (18/9), o candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), General Mourão (PRTB), questionou o fato de as crianças brasileiras estarem "estudando filosofia em vez de se dedicar a outras matérias mais importantes". O general da reserva participou de um evento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado (Facesp).

"Hoje, o nosso ensino fundamental, infantil, básico, ele parou no tempo. Tem uma base curricular complicada, onde eu vejo criança de 10, 11 anos de idade estudando filosofia em vez de estar se dedicando a outras matérias que seriam mais importantes", disse o vice de Bolsonaro. "Temos que resgatar a cidadania. A cidadania fugiu. Só pela educação nós vamos trazer todos os brasileiros para ficarem mais unidos ainda", acrescentou.
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No evento, o general da reserva ainda voltou atrás em relação a uma declaração feita nessa segunda-feira (17/9), de que famílias pobres "onde não há pai e avô, mas, sim, mãe e avó" são "fábricas de desajustados" que fornecem mão de obra ao narcotráfico. O candidato negou que estivesse "criticando as mulheres" com a afirmação e disse ter feito "uma constatação".

[SAIBAMAIS]"Ontem [segunda-feira], em uma exposição similar a essa em outro ambiente, eu deixei claro que esse atingimento da família é muito mais crucial nas nossas comunidades carentes, onde a população masculina, em grande parte, ou está presa, ou está ligada à criminalidade, ou já morreu, e que deixa a grande responsabilidade por levar a família à frente nas mãos de mães e avós", afirmou o general da reserva.

Em seguida, Mourão disse que, diante dessa declaração, um órgão de imprensa publicou que ele estava criticando as mulheres. "Eu estou fazendo uma constatação de algo que ocorre notadamente nas nossas comunidades carentes, porque essas mães e essas avós saem para trabalhar. A grande maioria são cozinheiras, são faxineiras [sic], lidam com a dureza da vida o tempo todo e não têm com quem deixar os seus filhos", justificou o vice de Bolsonaro.

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