Politica

PF prorroga inquérito que investiga ataque a Bolsonaro

Corporação deve concluir as diligências e enviar relatório com as conclusões para a Justiça Federal no começo de outubro

Renato Souza
postado em 20/09/2018 16:45

Jair Bolsonaro no momento do ataque em Juiz de Fora (MG)

A Polícia Federal prorrogou, nesta quinta-feira (20) o inquérito sobre o ataque contra o candidato Jair Bolsonaro, do PSL. A corporação deve concluir as diligências dentro de 15 dias e enviar à Justiça Federal. No entanto, uma nova investigação será aberta para aprofundar as diligências. Até o momento, foram ouvidas 38 pessoas e a conclusão é que Adélio de Oliveira agiu sozinho.

Apesar dos indícios levantados até agora, ainda não está descartada a participação de um mandante ou de pessoas envolvidas na logística do ataque. Ao ser ouvido pelos investigadores, o agressor continua dizendo que atuou sem ajuda e foi motivado por ;divergências ideológicas; com Bolsonaro.

Em nota, divulgada ontem, a PF informou que já colheu depoimentos de testemunhas e realizou perícia em computadores. "Para o pleno esclarecimento dos fatos apurados, até o momento a Polícia Federal entrevistou 38 pessoas, colheu 15 depoimentos formais de testemunhas, realizou três interrogatórios formais do preso e analisou dois Terabytes de imagens. Foram realizadas diligências investigativas em Juiz de Fora, Montes Claros, Uberaba, Uberlândia, Pirapitinga, Belo Horizonte e Florianópolis", informou a instituição.

Uma polêmica da qual a PF ainda não se debruçou, é a presença de Adélio na Câmara dos Deputados, em Brasília. O sistema de registro de entrada de pessoas da casa legislativa aponta que o agressor do candidato foi até o local há cinco anos. Adélio de Oliveira visitou o Congresso no dia 06 de agosto de 2013.

Na ocasião, além de fornecer dados pessoais, como nome e data de nascimento, ele também teve a imagem do documento de identidade registrada em um dos computadores da recepção da Câmara.

O sistema registra outra passagem dele, em 06 de setembro deste ano, mesmo dia do ataque contra o presidenciável. Como fica evidente que essa visita não ocorreu, tendo em vista a distância entre o DF e Minas Gerais, o assunto acabou virando polêmica.

Levantou-se a hipótese de que o agressor contasse com apoio em Brasília. No entanto, em nota, a Diretoria-Geral da Câmara, informou que o registro de entrada dele na casa foi incluído por erro de um dos funcionários que atuam na recepção do prédio.

Levantou-se a hipótese de que o agressor contasse com apoio em Brasília. No entanto, em nota, a Diretoria-Geral da Câmara, informou que o registro de entrada dele na casa foi incluído por erro de um dos funcionários que atuam na recepção do prédio.

;Ao identificar dois registros de entrada de Adelio no dia 6 de agosto de 2013, com imagem arquivada do seu documento de identidade, o recepcionista achou por bem incluir o número do CPF de Adelio, que, até então, não constava do sistema, com a intenção de deixar o cadastro atualizado. Uma vez que seu perfil de usuário do sistema não lhe permite fazer inserção de dados sem o registro de nova entrada de visitante, o recepcionista, com o objetivo de acrescentar a informação do CPF, acabou efetuando equivocadamente dois novos registros de entrada;, informou a instituição.

O inquérito da Polícia Legislativa relacionado ao caso foi encerrado na última terça-feira (18).

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