O presidente Michel Temer acredita que o seu sucessor dará continuidade à agenda reformista defendida pelo atual governo, independentemente de quem for eleito. "Devemos ter otimismo com o Brasil. Muitas vezes vejo certo pessimismo em relação às eleições que se aproximam, mas quem for eleito dificilmente poderá sair desse caminho das reformas", disse.
Ele ironizou a possibilidade do próximo Presidente da República ir contra as medidas do seu governo: "Alguém poderá dizer ;eu não quero essa inflação ridícula, esse juro medíocre?;".
Temer discursou em cerimônia no Palácio do Planalto para a assinatura de 20 contratos de concessão para a construção de mais de 2,5 quilômetros de novas linhas de transmissão, que devem gerar economia de R$ 14 bilhões ao longo dos 30 anos dos contratos.
Além de comemorar conquistas no setor elétrico, o Presidente da República também comemorou o resultado preliminar de agosto do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que indica que foram criados 117 mil vagas com carteira assinada no mês passado, segundo Temer.
O número será divulgado oficialmente nesta sexta, mas Temer antecipou a notícia na quinta e reforçou o dado de novo durante seu discurso.
Buscando reforçar o "legado" de sua gestão, Temer também enalteceu reformas como a trabalhista e a do ensino médio. "Posso dizer que nosso governo tem orgulho de apresentar-se como reformista. Foram várias reformas e há muito necessárias", destacou.
Ele defendeu que "foi em nome do emprego" que o governo reformou o ensino médio para "aproximar o jovem de sua vocação". Também rebateu discurso de seus adversários e afirmou que os direitos dos trabalhadores foram preservados na reforma trabalhista. "As pessoas esquecem que a Constituição está acima das leis. Quem disse que o governo acabou com o direito dos trabalhadores não sabe ler a Constituição", comentou.
"Nós fizemos muito em pouco tempo e é assim que se constrói um país mais próspero e mais justo. Vamos em frente rumo a um futuro melhor na certeza de que valeu a pena, que vale a pena, trabalhar pelo Brasil", concluiu Temer.