O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, voltou a criticar as chances do adversário do PSL, Jair Bolsonaro, de vencer um segundo turno das eleições. Segundo ele, a alta rejeição do deputado impede ele de vencer oponentes como o PT de Fernando Haddad.
"O Mario Covas dizia: no 1; turno, o eleitor escolhe. No segundo turno, o leitor rejeita, e Bolsonaro perde para qualquer candidato, é só olhar a rejeição", disse o tucano, em entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan. "Essas candidaturas folclóricas não resistem ao segundo turno, olha o Maluf (Paulo Maluf, que concorreu à Presidência em 1985), olha o Enéas (Enéas Carneiro, falecido em 2007). Tudo que o PT quer é o Bolsonaro no segundo turno", emendou.
Alckmin voltou a dizer que conta com o voto útil na reta final do primeiro turno para avançar e negou que apoiaria Haddad num eventual segundo turno, caso não passe. "Não é verdade (apoio ao PT), primeiro porque vamos chegar ao segundo turno. Segundo, porque combati o PT a vida inteira. Ganhamos seis vezes deles aqui em São Paulo", disse.
O tucano ainda defendeu o arco de alianças que montou e citou a entrevista dada na segunda-feira por Bolsonaro para argumentar que ele também terá que negociar com o Centrão, grupo de partidos que costuma criticar. "Ontem Bolsonaro citou o Onyx Lorenzoni (PP-RS) para a Casa Civil. O Onyx é do Centrão", lembrou.
Ao ser lembrado do economista Paulo Guedes, que deve assumir o Ministério da Fazenda num eventual governo Bolsonaro, Alckmin voltou a endurecer o discurso. "Eu não vou ser pau mandado de banqueiro. O Brasil já viu o que banqueiro faz. Alguém vai ter que pagar essa conta e o pobre e a classe média é que não vai ser", afirmou.