Politica

'Vou ficar em silêncio obsequioso', diz vice de Bolsonaro após polêmicas

A dirigentes lojistas, general comparou pagamento de direitos trabalhistas a 'abuticabas'; ao reagir, candidato do PSL diz que crítica é 'desconhecer a Constituição'

Agência Estado
postado em 28/09/2018 07:57

Mourão na Globo News

O general Hamilton Mourão (PRTB) disse, nessa quinta-feira (27/9), ao jornal O Estado de S. Paulo que não defendeu o fim do 13; salário, e que suas palavras foram distorcidas. Mourão afirmou que, após a polêmica causada por suas declarações, pretende se impor um "silêncio obsequioso". "Vou ficar igual ao frei Leonardo Boff. Vou ficar em silêncio obsequioso. É uma boa linha de ação", disse ele, que no fim de semana pretende visitar o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL).

[SAIBAMAIS]Em palestra a lojistas gaúchos, o vice da chapa de Bolsonaro disse que o 13; salário e o adicional de férias são "jabuticabas", que só ocorrem no Brasil. Houve reação e o próprio Bolsonaro contestou a fala.

Mourão afirmou que "não se sentiu desautorizado" "nem constrangido" e que não pensou em se afastar da campanha. "Estamos em combate e, quando a gente está em combate, ocorrem estas coisas."

Ele afirmou que, antes de divulgar mensagem no Twitter, na qual diz que Bolsonaro lhe mandou a íntegra do texto informando o teor. "E eu achei que estava muito bem colocado e disse a ele: siga em frente." Na rede social, Bolsonaro afirma que o 13; é cláusula pétrea e que quem o critica "confessa desconhecer a Constituição".

O general afirmou que não se sentiu desautorizado. "Não falei o que estão dizendo que eu falei. Falei dentro de um contexto de gerenciamento", disse. Segundo ele, foi "um alerta sobre o custo extra para os empresários e os próprios governos, de um planejamento gerencial necessário para que o 13; salário seja pago". "Trata-se de um custo social, que faz parte do chamado custo Brasil", disse.

Mourão afirmou ainda que "obviamente" não é contra o pagamento do 13; salário "porque não posso ser contra algo que eu recebo". "O problema é que, dentro deste contexto que estamos vivendo, a pessoa pega e distorce. Estou aguardando a onda passar", afirmou o militar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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