O candidato à Presidência do PSL, Jair Bolsonaro, declarou nesta sexta-feira, 28, que não aceitará um resultado diferente de sua eleição no pleito presidencial deste ano e voltou a lançar dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral baseado em urnas eletrônicas. Em entrevista à TV Bandeirantes, o deputado, que continua internado no hospital Albert Einstein, na capital paulista, disse também não acreditar nas pesquisas eleitorais, que projetam, neste momento, que ele seria derrotado pela maior parte de seus adversários no segundo turno.
"Não posso falar pelos comandantes, mas não aceito resultado diferente da minha eleição", disse Bolsonaro, quando questionado sobre como vê a repercussão do processo eleitoral deste ano entre os militares. Caso ele seja o eleito, por outro lado, garantiu que vai haver "zero risco à democracia".
A polarização política que acontece este momento no País, resumiu, é entre um "Bolsonaro democrata e um PT que é o caminho da venezuelização".
O capitão reformado do Exército também criticou a recusa, por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de aplicar o voto impresso em parte das urnas como forma de auditar o resultado do pleito. "É o grande problema que temos pela frente", disse, acrescentando que tem desconfianças em relação a "parte" dos integrantes do TSE. "Não os ministros, mas de alguns profissionais dentro do TSE", complementou.
Em sua visão, continuou, o ex-presidente Lula apenas aceitou ser preso, em abril, porque o partido conta com um "plano B", que é a fraude eleitoral nas eleições deste ano. "Não existe outra maneira de o PT ganhar se não for na fraude. O Fernando Haddad é um poste de Lula, está na cara que vai dar um indulto e colocá-lo em algum ministério."
Bolsonaro também criticou as pesquisas eleitorais. "Não acredito. Não é o que vejo na ruas, como me tratam nos aeroportos, nos eventos. Eu não vejo eleitor de Marina ou dos demais candidatos. Não sou nem só eu, mas quem está comigo que não vê."