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É um equívoco ala do PSDB se aproximar de Bolsonaro, diz José Gregori

Sem alavancar nas pesquisas, Alckmin se afasta do segundo turno. PSDB pode brigar internamente para apoiar PSL ou PT, em um cenário onde Bolsonaro e Haddad disputam o Planalto.

Agência Estado
postado em 29/09/2018 09:59

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Ministro da Justiça e titular da Secretaria Nacional de Direitos Humanos no governo Fernando Henrique Cardoso, o jurista José Gregori, um dos fundadores do PSDB, disse ao jornal Estado de S. Paulo que considera um equívoco a aproximação de alas do partido com Jair Bolsonaro, presidenciável do PSL.

Uma ala do PSDB defende o apoio a Bolsonaro caso Alckmin não vá ao 2; turno. Como avalia?

Isso é um equívoco. Minha posição é diametralmente oposta. O grande sucesso do PSDB e sua justificativa histórica foi sua trajetória de trabalhar pela desradicalização do Brasil. Fernando Henrique sempre foi um moderador, um homem do diálogo. Enquanto não se fecham as urnas, é precipitação. O resultado da eleição está aberto. O PSDB deve mostrar a vantagem da via que oferece ao povo, que é o Geraldo Alckmin.

O PSDB e Bolsonaro estão em campos opostos?

Houve um avanço nos direitos humanos no País. Isso foi feito por gente que pensa, age, acredita e sonha de maneira diferente do Bolsonaro. A mensagem que justifica o aparecimento do PSDB é ter conseguido a manutenção de uma democracia que não se ajusta à concepção de democracia que Bolsonaro tem.

Em um eventual 2; turno sem Alckmin, o que falaria mais alto no partido: o antipetismo ou a rejeição a Bolsonaro?

Não devemos antecipar etapas. Essa é uma eleição de movimentos. O que me preocupa na polarização é que são dois movimentos que se hostilizam de uma forma que atravanca o desenvolvimento.

Existem mais pontos em comum entre tucanos e petistas do que entre tucanos e o candidato do PSL à Presidência?

Desde o momento que se soube da existência do Bolsonaro, ficou claro que ele é contra a nossa visão de democracia. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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