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PM diz que 25 mil veículos participaram de carreata pró-Bolsonaro em Brasília

Questionado sobre o número de participantes - já que por volta do meio-dia, perto do fim da manifestação, a estimativa divulgada foi de 10 mil a 12 mil carros -, o Major Michello reafirmou que o dado final levou em consideração três horas e meia de evento

Agência Estado
postado em 30/09/2018 15:48

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A Polícia Militar do Distrito Federal informou que cerca de 25 mil veículos participaram da carreata em prol do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) realizada neste domingo (30/9), na Esplanada dos Ministérios. Segundo a PM, na dispersão foram 6 faixas ocupadas, com 20 a 30 carros passando por minuto por faixa.

Questionado pela imprensa sobre esse número de participantes - já que por volta do meio-dia, perto do fim da manifestação, a estimativa divulgada foi de 10 mil a 12 mil carros -, o Major Michello reafirmou que o dado final levou em consideração três horas e meia de evento. Segundo ele, a contagem começou no início do ato, às 9h, e desde então chegavam e saíam carros.

Também quando perguntado sobre o fato de que muitos motoristas estavam indo para outros destinos e entraram sem querer na carreata, pois não havia bloqueios nem aviso sobre a manifestação, o major reforçou a metodologia usada pela PM e disse que "tinha muito carro, tanto nas vias principais quanto nas secundárias".

A manifestação teve início por volta das 9 horas, com cerca de 200 pessoas. Perto das 11 horas, porém, conseguiu atrair mais integrantes e formar uma grande carreata nas proximidades do Congresso Nacional. Cerca de uma horas depois, o grupo começou a se dispersar e uma parte pequena seguiu para a porta da Rede Globo para fazer um "buzinaço".

O movimento pró-Bolsonaro foi organizado em grupos nas redes sociais. A página de um desses grupos informa que eventos de apoio ao candidato têm sido feitos rotineiramente aos domingos e prosseguirão até o segundo turno, se houver.

Neste sábado, 29, manifestantes contrários a Bolsonaro lotaram as ruas das capitais, do Distrito Federal e de várias cidades do interior do Brasil. Cidades de outros países também reuniram protestos contra o candidato, dentre elas Lisboa, Paris e Washington. Sob o slogan #EleNão, a campanha foi criada dentro de um grupo no Facebook que reúne 3,8 milhões de mulheres. As lideranças do movimento afirmam que a campanha é para alertar a população sobre as ideias de Bolsonaro, consideradas pelos participantes como "fascistas e machistas".

Além desse, outro grupo favorável a Bolsonaro está reunido nas proximidades do Centro de Aeromodelismo de Brasília, em outra região da cidade. O ato conta com a participação de candidatos distritais aliados ao presidenciável do PSL.

Intenções de voto


Capitão da reserva e deputado federal por sete mandatos, Bolsonaro vinha liderando as recentes pesquisas de intenção de voto para o primeiro turno. No domingo, pela primeira vez, o candidato aparece tecnicamente empatado com o presidenciável do PT, Fernando Haddad, conforme os resultados da pesquisa do instituto MDA encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT).

O levantamento divulgado neste domingo (30) mostra Bolsonaro com 28,2% das intenções de voto e Haddad com 25,2% da preferência dos entrevistados. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos. Considerando essa margem, Bolsonaro pode ter entre 26% e 30,4%. Já Haddad pode ter entre 23% e 27,4%.

No sábado, Bolsonaro teve alta do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, depois de 22 dias de internação. Ele foi alvo de um ataque a faca durante ato de campanha em Juiz de Fora (MG) no dia 6 de setembro.

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