A Frente Parlamentar Evangélica (FPE) da Câmara dos Deputados oficializou, nesta quinta-feira (4/10), o apoio a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência da República nas eleições 2018. Na carta, que será entregue ao candidato, o presidente da frente, deputado Hidekazu Takayama (PSC-PR), diz que o grupo entende que Bolsonaro é o nome mais adequado para lutar pelas pautas defendidas por seus integrantes.
"Mais que uma questão natural, é uma questão espiritual. Está acima de qualquer doutrina partidária. É a defesa dos valores da família cristã ", diz trecho da carta.
A Frente reúne 199 deputados e quatro senadores. O texto em que a FPE oficializa o apoio a Bolsonaro nas eleições 2018 também ressalta que a defesa dos valores dos cidadãos, da vida e da família estão acima de tudo e que "proteger nossas crianças de um futuro desastroso é nosso dever como legisladores e homens de bem".
"Portanto, certos de nosso compromisso com os quase 86,8% de cristãos de todo o território nacional, declaramos nosso amplo apoio aos candidatos da Frente em todo o Brasil, bem como o nosso apoio a Jair Messias Bolsonaro. Nosso intuito é evitar que candidatos filiados a extrema esquerda assumam, mais uma vez, a direção do país causando ainda mais crises do que as que atravessamos nos últimos anos", diz o texto.
À reportagem, o deputado Takayama disse que "quem está jogando Jair Bolsonaro no meio da família cristã são os radicais". "São exatamente essas pessoas, que fizeram atos como no Rio Grande do Sul, que defecaram e urinaram dentro das igrejas, em cenas que chocam a família cristã e de que maneira nenhuma estão contribuindo para um povo que tem a base cristã, seja católica ou evangélica", disse o parlamentar.
O deputado afirmou que pretende gravar um vídeo com Bolsonaro para ressaltar o apoio do grupo, assim que tiver um tempo em sua campanha. Ele disse também que consultou praticamente todos os parlamentares da frente antes de oficializar o apoio.
Takayama citou, como exemplo de apoiadores da frente, Leonardo Quintão (MDB-MG), Ezequiel Teixeira (Podemos-RJ) e o ministro Ronaldo Fonseca, da Secretaria-Geral da Presidência de Michel Temer. "Todos eles estão de pleno acordo", finalizou.