Agência Estado
postado em 07/10/2018 18:15
Candidatos estão impulsionando publicações pagas no Facebook em seus nomes mesmo no dia da eleição. A reportagem identificou os casos por meio da Biblioteca de Anúncios do Facebook.
A resolução nº 23.551 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que fala sobre propaganda eleitoral, diz que é crime, punível com detenção de seis meses a um ano, com alternativa de prestação de serviços à comunidade, a publicação de "novos conteúdos ou o impulsionamento de conteúdos nas aplicações de internet".
É o caso do candidato a deputado federal Netinho Lapenda, do Pros em Pernambuco, que pagou para impulsionar uma foto dele, depois de ter votado, com seu número. "Voto na urna!!"
O candidato a deputado estadual pelo PSL no Rio de Janeiro vereador Poubel também impulsionou duas postagens, com vídeos em que pede votos, ambas iniciadas neste domingo.
Celso Adame, candidato a deputado estadual de Rondônia pelo PSL, também pagou para impulsionar um vídeo defendendo sua candidatura.
Outros candidatos fizeram propaganda no dia 6 e pagaram para que ela continuasse no ar neste domingo mas, neste caso, a resolução diz que não há irregularidade. Mesmo assim, praticamente todos os candidatos retiraram do ar seus anúncios no dia 6. É o caso de todos os presidenciáveis que tinham anúncios no ar, como Henrique Meirelles (MDB) e Geraldo Alckmin (PSDB), que estavam entre os que mais pagaram para impulsionar suas postagens na rede social.
Procurado, Lapenda disse que não tem assessoria e que o anúncio passou despercebido. "Achei que não poderia fazer campanha e pedir votos, como pode ver, é uma imagem com minha filha na seção de votação após as 15h. Imediatamente pausei quando soube por você." A reportagem tentou contato com Poubel e Adame, mas não teve retorno até o momento.