Agência Estado
postado em 08/10/2018 13:13
Depois de terminar o 1º turno na frente para a disputa do governo gaúcho, com 35,90%, Eduardo Leite (PSDB) declarou seu apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), no segundo turno das eleições de 2018. O tucano falou em "exclusão de um caminho" ao se referir ao PT e disse estar disposto a conversar com Bolsonaro "por um desejo de contribuição ao Brasil". No primeiro turno, o candidato do PSDB gaúcho apoiou Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência.
Leite também afirmou que a escolha por Bolsonaro se dá "por não haver hipótese" de apoiar o PT numa "eleição plebiscitária" no segundo turno. "(O PT) foi um caminho que quebrou o Brasil, gerou desemprego. Um governo que prejudicou o País e o condenou a viver um período de recessão, que piorou a vida dos brasileiros", disse o tucano. "Por essa exclusão, estamos dispostos a construir com a candidatura de Jair Bolsonaro", completou o candidato.
Sobre posições polêmicas do presidenciável, o candidato gaúcho se defendeu. "(O apoio) não significa adesão a todas as suas ideias, não vou arredar o pé do que acredito", disse Leite, referindo-se a seu apoio a políticas para mulheres e de inclusão.
Sobre a votação, Leite afirmou que a população deu recado "claro" às urnas. "Foi expressado um sentimento, a população não quer mais a política que aí está. Ela quer não só novas pessoas, mas novas atitudes", disse, indicando que a estratégia da "novidade" adotada no primeiro turno continuará a ser usada até o dia 28 de outubro.
Leite saiu de 8% no primeiro levantamento Ibope, no dia 17 de agosto, à liderança no primeiro turno, com 35,90% dos votos. Ainda nesta semana, ele deve se reunir com integrantes do PSDB, em Brasília, para afinar a estratégia para o segundo turno. Caso eleito, o candidato de 33 anos, que foi prefeito de Pelotas entre 2013-2016, será o governador mais jovem do RS desde a redemocratização.
Segundo lugar nas urnas, o atual governador, José Ivo Sartori (MDB), registrou 31,11% e será o adversário de Leite. O tucano também afirmou que pretende diminuir a burocracia no Estado para atrair investimentos e reduzir a alíquota do ICMS. Leite também se comprometeu a pagar em dia o salário do funcionalismo já no primeiro ano de governo e disse querer "um Rio Grande do Sul menos refém do ajuste das contas".
Logo após a apuração das urnas, Sartori afirmou que o seu governo não descarta o apoio do PT durante o segundo turno.
"Nós não apoiamos o PT, inclusive não apoiamos quem era candidato a vice do meu partido, hoje condenado pelo PT. Mas quem criou o Michel Temer como vice-presidente da República foi o próprio PT. Como é que eu não vou aceitar quem deseja me apoiar ou não? Seja da cor que for, do partido que for", disse Sartori.
O governador também lamentou a derrota de seus aliados ao Senado - referindo-se à vitória de Luis Carlos Heinze (PP) e Paulo Paim (PT). Questionado sobre quem apoiará na presidencial, ele disse que seguirá a orientação do partido. "Vou acompanhar o que o MDB decidir."
Já o seu vice, José Paulo Cairoli (PSD), deixou claro que irá apoiar Jair Bolsonaro (PSL). "A sociedade nos chama à reflexão e vejo que o discurso mais adequado, no momento, chama-se Bolsonaro", afirmou Cairoli.
Santa Catarina
Gelson Merísio (PSD) e o bombeiro militar Comandante Moisés (PSL) disputarão segundo turno no próximo dia 28 de outubro. Deputado Estadual efetivo desde 2006, Merísio somou 31,12% dos votos válidos, ante 29,72% do candidato de Jair Bolsonaro ao governo de Santa Catarina. Mauro Mariani (MDB) atingiu 23,21% e saiu da competição. Desde fevereiro último, o peemedebista Pinho Moreira ocupa o cargo de governador, após Raimundo Colombo (PSD) sair para concorrer ao Senado.
Goiás
O senador Ronaldo Caiado (DEM) foi eleito em primeiro turno ao governo de Goiás com 59,73% dos votos válidos, batendo Daniel Vilela (MDB), com 16,14%. Caiado afirmou em entrevista coletiva que solicitou ao atual governador a formação de equipe de transição.
Uma de sua principais preocupações, segundo ele, é a situação fiscal que impede que o Estado realize empréstimo e renegocie dívidas. "Mesmo sabendo da situação fiscal, isso não diminui sua importância."
Caiado ressaltou que dará prioridade à segurança e buscará parceria federal para reduzir os índices de criminalidade. Ele afirmou que seu apoio a um candidato à Presidência será definido na terça-feira.
Piauí
O petista Wellington Dias garantiu reeleição ao governo do Piauí, com 55,64% dos votos. Em segundo e terceiro lugares ficaram, respectivamente, Dr. Pessoa (Solidariedade), com 20,49%, e Luciano (PSDB), com 17,29%. Ao todo, Dias somou 965.686 dos votos válidos, com 99,92% das urnas apuradas.
Durante corrida eleitoral, o petista demonstrou distância considerável das oposições. A pesquisa mais recente do Ibope, realizada na última sexta-feira, previa sua vitória com 47%.
Amapá
Atual governador do Amapá, Waldez Góes (PDT) vai disputar o segundo turno contra o candidato do PSB, Capi. Com 100% das urnas apuradas 33,55% dos votos válidos foram para o pedetista, representando 133.241 eleitores; Capi recebeu 30,10% dos votos válidos, o equivalente a 119.500 eleitores. O terceiro lugar ficou com Davi (DEM), que recebeu 23,75% dos votos válidos.
Paraíba
João Azevedo Lins Filho (PSB) foi eleito ao governo da Paraíba com 58,18% dos votos válidos. O engenheiro de 65 anos ocupa, agora, o lugar deixado pelo também pessebista Ricardo Coutinho, reeleito em 2014 com 52,61%.
João, que acumula bens declarados na ordem de R$ 1 milhão, venceu Lucélio Cartaxo (PV), que somou 23,41%. Zé Maranhão (MDB) atingiu 17,44%, ficando em 3º lugar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.