Agência Estado
postado em 09/10/2018 18:04
O candidato do PSC ao governo do Rio, Wilson Witzel, endureceu o discurso sobre segurança pública nesta terça-feira, 9, e disse, ao discursar para apoiadores na zona oeste, que defende "direitos humanos para proteger humanos direitos". Ele ainda acusou a campanha de Eduardo Paes (DEM) de produzir "fake news" contra ele.
"O crime de injúria é de pequeno potencial ofensivo e está sujeito a voz de prisão. A política está sendo feita de forma irresponsável. Se for praticado crime de injúria durante programa de televisão, a gente vai parar na delegacia", afirmou Witzel, que teve agendas de campanha nos bairros de Santa Cruz, Campo Grande e Bangu. Ele se referia à possibilidade de ataques de Paes com base em informações falsas durante debates de TV.
Numa transmissão ao vivo feita na noite de segunda-feira, 8, ele já havia feito críticas dirigindo-se diretamente ao candidato do DEM, lembrando sua citação em delação da Lava Jato. "Você vai ser responsabilizado por todas (as fake news). Você e seu grupo estão colocando isso na internet. Você saia do armário, mostre sua cara e vá ao debate falar essas mentiras. Se falar mentira ao vivo, vou dar voz de prisão. Será o primeiro candidato com voz de prisão ao vivo num debate", disse então.
"Cuidado com sua língua. Você é despreparado emocionalmente, já deu soco na cara de uma pessoa na rua. Eduardo, volta para Nova York e fica por lá", continuou.
Nesta terça-feira, ele disse que está recebendo acenos de empresários estrangeiros dispostos a investir no Estado. "Há empresários de olho no Rio. O Estado está sendo olhado por fundos internacionais. Com um governador equilibrado, que tem respeitabilidade, que já declarou que não vai ser sócio de empresário, cúmplice de empreiteira, vai abrir a oportunidade para gente decente investir no Rio".
Ao citar a facada no candidato Jair Bolsonaro (PSL), que o apoia, no mês passado, e a execução da vereadora Marielle Franco (PSOL), ocorrido em março, afirmou que "não tolera violência na política" e que quem procura a violência são os criminosos, que receberão "resposta na bala".
Witzel também comentou a crítica feita à sua passagem ao segundo turno por seu filho mais velho, Erick, de 24 anos. O rapaz postou no Instagram que o domingo das eleições foi um dia triste para a história do País e ao Estado. "Viva a democracia. Meu filho tem a opinião política dele, não sei exatamente o que foi que falou. Eu respeito tudo o que ele pensa, eduquei meus filhos para ter opinião própria. Posso não concordar. Ele sabe da minha posição do ponto de vista ideológico, que é de direita".
Em relação a doações para sua campanha, afirmou que não houve doadores externos. Foi uma resposta ao suposto apoio à sua candidatura pelo empresário Mário Peixoto. Ele é acusado de ligação com o esquema de corrupção do ex-governador Sergio Cabral (MDB) e de ter pago mesada a conselheiros do Tribunal de Contas de Contas do Estado. Witzel negou que tenha recebido este apoio.