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Ex-governador de GO Marconi Perillo é preso por suspeita de receber propina

Marconi Perillo recebeu voz de prisão ao chegar para depor à Polícia Federal, em Goiânia. Segundo delatores da Odebrecht, campanhas dele receberam R$ 10 milhões ilegalmente

prisões de candidatos entre 15 dias antes e dois dias após o pleito. Perillo tentou se eleger para o Senado, mas acabou em quinto lugar no último domingo, depois que a deflagração da Cash Delivery o fez despencar nas pesquisas eleitorais. Assim, o ex-governador de Goiás, que atua na política desde 1991, ficou pela primeira vez sem mandato e sem foro privilegiado.

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, afirmou que recebeu a notícia da prisão com perplexidade. De acordo com o defensor de Perillo, "não há absolutamente nenhum fato novo que justifique o decreto do ex-governador Marconi Perillo, principalmente pelas mencionadas decisões anteriores que já afastaram a necessidade de prisão neste momento."

Veja a íntegra da nota da defesa de Perillo

"A Defesa de Marconi Perillo, perplexa, vem registrar a completa indignação com o decreto de prisão na data de hoje. O Tribunal Regional da Primeira Região ja concedeu 2 liminares para determinar a liberdade de duas outras pessoas presas nessa mesma operação, através de decisões de 2 ilustres Desembargadores. O novo decreto de prisão é praticamente um ;copia e cola; de outra decisão de prisão já revogada por determinação do TRF 1. Não há absolutamente nenhum fato novo que justifique o decreto do ex Governador Marconi Perillo, principalmente pelas mencionadas decisões anteriores que já afastaram a necessidade de prisão neste momento. Na visão da defesa, esta nova prisão constitui uma forma de descumprimento indireto dos fundamentos das decisões de liberdade concedidas a outros investigados. A Defesa acredita no Poder Judiciário e reitera que uma prisão por fatos supostamente ocorridos em 2010 e 2014, na palavra isolada dos delatores, afronta pacífica jurisprudência do Supremo, que não admite prisão por fatos que não tenham comtemporaneidade. Marconi Perillo recebeu o decreto de prisão quando estava iniciando o seu depoimento no departamento de Polícia Federal e optou por manter o depoimento por ser o principal interessado no esclarecimento dos fatos."