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Confira mais oito nomes eleitos para um mandato no Senado

Vinte dos 54 senadores eleitos em 2018 vão exercer mandato pela primeira vez

Jorge Vasconcelos
postado em 12/10/2018 06:00

Plenário do Senado Federal

Dos 54 vencedores das eleições para o Senado, 20 vão exercer mandato no Congresso Nacional pela primeira vez. Entre os estreantes, há ex-ocupantes de cargos de nível municipal ou estadual e os que nunca foram eleitos, como Eduardo Girão (Pros-CE), que é empresário e ex-presidente do Fortaleza Esporte Clube. Jorge Kajuru (PRP-GO) começou no jornalismo, foi dono de rádio e passou pela Câmara de Vereadores. Conhecido pelas várias polêmicas em que se envolveu, sua chegada ao Senado promete esquentar os debates nas comissões e no plenário da Casa.

No grupo que o Correio apresenta hoje, um dos mais conhecidos é o ex-governador e ex-ministro da Educação Cid Gomes (PDT-CE), irmão do candidato derrotado à presidência Ciro Gomes, do mesmo partido. Na próxima legislatura, outra novidade é que a bancada de senadores da Paraíba contará com a participação da primeira mulher eleita para o cargo no estado. É a pedagoga Daniela Ribeiro (PP), filha do atual vice-prefeito de Campina Grande, Enivaldo Ribeiro (PP).

Veteranos em casa, novatos em Brasília

Senador eleito Rodrigo Cunha

Rodrigo Cunha (PSDB)

Candidato mais votado para o Senado em Alagoas, o deputado estadual e advogado Rodrigo Cunha (PSDB), 37 anos, recebeu 34,42% dos votos e ficou à frente do veterano Renan Calheiros (MDB), reeleito com 23,88%. O novo senador é filho da deputada federal eleita Ceci Cunha (PSDB), assassinada a tiros dois meses depois da eleição de 1998. Nascido em Arapiraca (AL), Rodrigo Cunha ingressou na política em 2014, quando foi o mais votado na eleição para deputado estadual. Ele é formado em direito pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), com pós-graduação em Gestão Pública e Gestão empresarial.

Senador eleito Lucas Barreto

Lucas Barreto (PTB)

O empresário e ex-deputado estadual Lucas Barreto, 53 anos, foi o segundo mais votado na eleição para o Senado no Amapá. Nascido em Macapá, ele recebeu 22,87% dos votos e ficou atrás do senador Randolfe Rodrigues (Rede), reeleito com 22,8%. Lucas Barreto foi deputado estadual por quatro mandatos (de 1991 a 2006) e presidente da Assembleia Legislativa, mas foi derrotado ao se candidatar aos cargos de prefeito de Macapá, em 2008, e de governador do Amapá, em 2010. Seu último cargo eletivo foi o de vereador, conquistado em 2012. Barreto tem formação como técnico em eletricidade, eletrônica e telecomunicações.

Senador eleito Angelo Coronel

Ângelo Coronel (PSD)

Ângelo Coronel (PSD), 60 anos, engenheiro civil, empresário e presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, foi o segundo colocado na eleição para o Senado no estado, com 32,97% dos votos. Em primeiro lugar ficou o ex-governador e ex-ministro Jaques Wagner (PT), eleito com 35,71%. Nascido em Coração de Maria (BA), Ângelo Coronel ocupou o cargo de deputado estadual pela primeira vez em 1995 e, desde 2003, vem sendo reeleito sucessivamente. Antes da atuação como deputado estadual, foi prefeito de Coração de Maria entre 1989 e 1992. Como presidente da Assembleia, aprovou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que impede a reeleição para o cargo.

Senador eleito Cid Gomes

Cid Gomes (PDT)

Cid Ferreira Gomes (PDT), 55 anos, foi o primeiro colocado na disputa ao Senado no Ceará, com 41,62% dos votos, à frente de Eduardo Girão (Pros), eleito com 17,09%. Ex-governador do estado por dois mandatos (2007-2014), Cid Gomes concorreu ao Senado pela primeira vez. Nascido em Sobral, ele foi ministro da Educação no governo de Dilma Rousseff e prefeito de Sobral (1997-2004), na regiâo norte do estado, e deputado estadual (1991-1995). Engenheiro Civil formado pela Universidade Federal do Ceará (UFC), ele emendou mandatos consecutivos na Assembleia Legislativa, da qual chegou a ser o presidente.

Senador eleito Eduardo Girão

Eduardo Girão (Pros)

Nascido em Fortaleza (CE), Eduardo Girão (PROS), 46 anos, é empresário e ex-presidente do Fortaleza Esporte Clube. Foi o segundo mais votado na eleição deste ano, ao Senado no Ceará, atrás do pedetista Cid Gomes. De perfil conservador, tem entre as propostas a luta contra a legalização do aborto e das drogas. Além disso, propõe a redução da carga tributária e a diminuição do número de deputados federais, de 513 para 300 ; o que, por seus cálculos, traria uma economia de R$ 2 bilhões anuais. Na campanha, prometeu dispensar o auxílio-moradia pago aos senadores e o salário do cargo, que prometeu doar integralmente para instituições de caridade.

Senador eleito Jorge Kajuru

Jorge Kajuru (PRP)

O jornalista e vereador Jorge Kajuru (PRP), 57 anos, foi o segundo mais votado na eleição para o Senado em Goiás. Recebeu 28,23% dos votos e ficou atrás do empresário e ex-prefeito de Senador Canedo Vanderlan Cardoso (PP), que obteve 31,35%. Nascido em Cajuru (SP), ficou conhecido no jornalismo esportivo e foi o vereador mais votado da história de Goiânia, em 2016. Como jornalista ou apresentador, trabalhou em emissoras como SBT, Band, Rede TV, ESPN Brasil e Esporte Interativo. Entre 1997 e 2003, foi proprietário da Rádio K. Além da cobertura esportiva, ficou famoso com denúncias relacionadas à gestão pública.

Senador eleito Nelsinho Trad

Nelsinho Trad (PTB)

Nascido em Campo Grande (MS), Nelsinho Trad (PTB), 57 anos, foi o primeiro colocado na eleição para o Senado em Mato Grosso do Sul, com 18,3% dos votos. Em segundo lugar, com 16,19%, foi eleita Soraya Thronicke (PSL). Médico por formação, Nelsinho é filho do ex-deputado federal Nelson Trad, morto em 2011. Em 1992, foi eleito vereador por Campo Grande, reeleito em 1996 e 2000, e cumpriu mandato até 2002, quando se elegeu deputado estadual. Em 2004, conquistou a Prefeitura de Campo Grande, reelegendo-se em 2008. Anunciou como prioridade no Senado a educação, com a implantação de escolas de tempo integral no estado.

Senadora eleita Daniela Ribeiro

Daniela Ribeiro (PP)

Nascida em Campina Grande (PB), a pedagoga Daniela Ribeiro (PP), 46 anos, será a primeira mulher senadora da Paraíba. Com 24,27% dos votos, foi a segunda mais votada, atrás de Veneziano Vital do Rego (PSB), que ficou com 24,62%. Daniella Ribeiro é filha do atual vice-prefeito de Campina Grande, Enivaldo Ribeiro (PP), e ingressou na política em 2004, como vice-prefeita da cidade natal. Quatro anos depois, se elegeu vereadora e, atualmente, exerce o segundo mandato de deputada estadual. Formada em pedagogia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), foi professora e é pós-graduada em relações internacionais.

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