Agência Estado
postado em 15/10/2018 12:10
Depois dos escândalos envolvendo o nome da família na Lava Jato, o deputado federal baiano Lúcio Vieira Lima (MDB) não se reelegeu. Esta é a primeira vez que o clã fica longe do poder, desde 1975, quando há 43 anos, o pai de Lúcio e Geddel Vieira Lima, Afrísio Vieira Lima, foi eleito para uma cadeira na Câmara pela extinta Arena, partido de apoio ao governo militar.
O patriarca se reelegeu até 1990, então pelo MDB, quando foi substituído pelo filho mais velho, Geddel, eleito deputado federal pela primeira vez naquele ano.
O mandato de seu sucessor foi até 2010, quando, sem sucesso, tentou chegar ao governo da Bahia. O ex-ministro da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer está hoje preso na Penitenciária da Papuda. Lúcio, por sua vez, somava mandatos desde 2010, quando debutou na Câmara.
Os irmãos Vieira Lima são acusados pelos crimes de ocultação e propriedade dos R$ 51 milhões em dinheiro vivo encontrados em um apartamento em Salvador - a maior apreensão da história da Polícia Federal. Eles alegam inocência.
À reportagem, o deputado Lúcio Vieira Lima foi sucinto e argumentou que não foi eleito porque "o povo não quis". Para ele, o resultado das urnas reflete a fragilidade dos partidos, com o PSL elegendo a segunda maior bancada da Câmara . "Os partidos perderam totalmente a sua importância." Questionado se pretende continuar na vida pública, retrucou que "não é necessário mandato para fazer política. Continuarei fazendo política sem um mandato." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.