Agência Estado
postado em 16/10/2018 12:38
O economista Ricardo Carneiro, membro da equipe do presidenciável Fernando Haddad (PT), propôs a criação de um orçamento de investimentos plurianual, não contingenciável, e que fique de fora do cômputo do superávit primário, para atender a demanda de aportes em infraestrutura, habitação, defesa, segurança, educação e saúde. "Serão quatro anos com recursos garantidos, que não poderão ser comprimidos", disse nesta terça-feira, 16, durante debate realizado no Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP).
Segundo ele, os aportes abrigariam obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), assim como do Minha Casa Minha Vida (MCMV), e os recursos poderiam vir da concessão de projetos e arrecadação de outorgas, além da impostos gerados pelas próprias obras e prestações de serviços. "Essa questão dará solução permanente ao financiamento da infraestrutura e da habitação de interesse social no Brasil", afirmou.
Carneiro disse ainda que pretende atingir o número de contratações do MCMV em 500 mil unidades por ano, com ênfase na faixa 1, que atende a famílias de baixa renda e que requer subsídios do orçamento da União.
O economista estimou que nos próximos anos serão precisos R$ 10,2 bilhões de recursos para esses subsídios. "O governo que ganhar terá a oportunidade de negociar ainda neste ano o orçamento. Há espaço para isso", disse.
Segundo os organizadores do evento, a equipe do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) também foi procurada para participar do debate, mas não enviou representantes sob a justificativa de incompatibilidade de agenda.