Politica

Temer está indignado e abalado com indiciamento, diz Marun

Para o ministro, o inquérito não possui "nada de concreto e de informação" sobre atitude ilícita cometida pelo presidente

Rodolfo Costa
postado em 17/10/2018 20:26
Carlos Marun e Michel Temer
O presidente Michel Temer ficou profundamente indignado e abalado com o indiciamento feito pela Polícia Federal (PF). É o que revelou nesta quarta-feira (17/10) o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun. O articulador político do governo federal desqualificou o inquérito. Disse ser um ;festival de ilações; e uma perseguição com o chefe do Executivo federal.

[SAIBAMAIS]Em todas as páginas do inquérito, Marun avalia que não existe ;nada de concreto e de informação; sobre atitude ilícita cometida pelo presidente. O ministro criticou, ainda, que deixaram de investigar um fato para começar a investigar Temer. ;Inquéritos existem para investigar fatos e não para fazer devassa sobre uma pessoa. Não existe nenhuma prova nesse inquérito. Principalmente de qualquer atitude indevida praticada pelo presidente no exercício de seu mandato;, acusou.

O articulador político do governo recorda que o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), permitiu a quebra de sigilo bancário de Temer. Para ele, foi uma decisão equivocada que sinaliza uma perseguição contra o presidente. ;Agiu de forma no mínimo equivocada ao autorizar este rompimento de sigilo. Mas tudo bem. Aconteceu. Investigaram de baixo pra cima, de cima pra baixo, e não acharam nada. Esta é a realidade;, avaliou.

A investigação de dados referentes a um período anterior ao mandato de Temer como presidente da República configura uma violação constitucional no entendimento da cúpula palaciana. Para o governo, o chefe do Executivo federal não pode ser investigado por atos suspeitos praticados antes do mandato. Outra crítica de Marun é a inclusão da filha de Temer, Maristela, no inquérito.

Para o ministro, é preocupante o envolvimento de familiares em indiciamentos contra investigados pela PF. Para ele, é uma tentativa de atingir o alvo principal das apurações. ;Parece que, para abalar a tenacidade daquele que se quer atingir, vai atrás de um parente. Isso tem sido constante e é uma prática que tem que ser abolida. Não é uma prática que possa ser aceita;, acusou.

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