Politica

MP denuncia barbeiro acusado de matar capoeirista por discussão política

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, o barbeiro desferiu facadas contra Moa do Katendê em um bar de Salvador após o capoeirista defender seu voto em Haddad

Agência Estado
postado em 19/10/2018 08:30

Moa do Katendê: vítima de 12 facadas nas costas

O barbeiro Paulo Sérgio Ferreira de Santana, 36, foi denunciado nessa quinta-feira (18/10), pelo Ministério Público da Bahia por matar o mestre de capoeira, ativista cultural negro e fundador do afoxé Romualdo Rosário da Costa, 63, o Moa do Katendê. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, o barbeiro desferiu facadas contra Moa do Katendê em um bar de Salvador após o capoeirista defender seu voto no candidato do PT ao Palácio do Planalto, Fernando Haddad, e criticar o candidato do PSL à Presidência Jair Bolsonaro, nas eleições 2018.

[SAIBAMAIS]Segundo o promotor de Justiça Davi Gallo, autor da denúncia, o barbeiro matou por motivo fútil e sem possibilitar qualquer defesa à vítima. Santana também foi denunciado por tentativa de homicídio contra Germino do Amor Divino Pereira, que estava ao lado do capoeirista no ;Bar do João; em Salvador.

A denúncia aponta que Santana atingiu Romualdo da Costa com 13 facadas por todo o corpo, após uma discussão sobre a eleição para presidente da República. O promotor relata na acusação que o barbeiro e o capoeirista discutiram em voz alta e "agrediram-se mutuamente de forma verbal".

De acordo com a denúncia, em seguida, o acusado deixou o bar e foi para casa, onde pegou uma faca tipo peixeira e retornou ao local para agredir Moa do Katendê. Durante o ataque, Germino Pereira foi atingido por uma "profunda facada" no braço direito, quando tentou defender a vítima.

, que está detido desde o dia do assassinato, na madrugada do dia 8 de outubro, após o primeiro turno. Ele teve prisão preventiva decretada no dia 10 de outubro e encontra-se no Presídio da Mata Escura, no Complexo Penitenciário de Salvador. A decisão de manter o barbeiro preso foi tomada, na semana passada, pelo juiz Horácio Pinheiro, que considerou que havia "prova de existência do crime" e "indício suficiente de autoria".

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação