A pouco mais de uma semana do segundo turno da eleição, as menções sobre os presidenciáveis no Twitter caíram 38% na semana entre 10 e 16 de outubro, para 10,5 milhões de tuítes. A reta final da corrida eleitoral, entretanto, traz uma retomada do crescimento da atuação de robôs nas redes, com destaque para o grupo do candidato Jair Bolsonaro (PSL), que respondeu por 70,7% dos tuítes identificados como sendo gerados por máquinas.
[SAIBAMAIS]Os números fazem parte de um levantamento da Diretoria de Análise de Políticas Públicas (DAPP) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Na semana avaliada, foram 852,3 mil publicações de robôs, o que correspondeu a 10,4% das interações totais registradas. O levantamento mapeou também 3.989 contas automatizadas no Twitter. Desde o fim de setembro, o uso de máquinas e ferramentas artificiais para influenciar os debates havia recuado.
"As contas automatizadas representaram 0,5% dos perfis no debate sobre os presidenciáveis e foram capazes de gerar 10,4% das discussões, cerca de 5 pontos porcentuais a mais do que na análise da semana passada", afirma o estudo. A base de apoio de Bolsonaro, segundo a DAAP-FGV, respondeu por 602,5 mil destes registros (70,7%), contra 240,2 mil de Haddad (28,2%).
Menções
O levantamento aponta que após a semana aquecida pela votação do primeiro turno, as menções aos presidenciáveis recuaram. A premissa vale sobretudo para citações relacionadas a Bolsonaro, que alcançaram 7,9 milhões (queda de 47,6%) no Twitter. O candidato Fernando Haddad (PT) bateu 3,9 milhões de tuítes, queda de 6,4%. "Como Bolsonaro registrou grande pico na semana anterior, sua queda é mais acentuada em volume total de citações", diz o relatório.
No Facebook, rede social mais usada no Brasil, a DAAP-FGV destacou a confirmação da tendência de aproximação entre os volumes de interação dos dois presidenciáveis, verificada na última semana. Entre 11 e 17 de outubro, "na página do candidato do PSL, o engajamento registra queda de 34%, chegando a 8,78 milhões de comentários, compartilhamentos e reações. Em movimento contrário, Haddad teve engajamento 20% superior, com um total de 5,65 milhões de interações". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.