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WhatsApp bloqueia número de telefone de Flavio Bolsonaro

O filho do presidenciável Jair Bolsonaro chamou a medida de 'perseguição', mas, pouco depois, informou que o número estava liberado e nada tinha a ver com as denúncias recentes de fake news

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 19/10/2018 13:33
Flavio, ao lado do pai no dia do primeiro turno das eleições
Após denunciar que teve seu número banido pelo WhatsApp, Flavio Bolsonaro, filho do candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, disse que o número voltou a ser liberado pelo aplicativo de mensagem. Ele também se preocupou em negar que o bloqueio tenha sido resultado das medidas que a empresa vem tomando contra a disseminação de mensagens irregulares de teor político.

"Meu telefone, cujo WhatsApp foi bloqueado, é pessoal e nada tem a ver com uso por empresas", escreveu no Twitter o senador eleito, que chamou de fake news a matéria da Folha de S. Paulo sobre o uso de empresas para disseminar pela internet propaganda contra o PT. "Agora já foi desbloqueado, mas ainda sem explicação clara sobre o porquê da censura", completou.
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Menos de duas horas antes, no entanto, Flavio havia postado, também no Twitter: "A perseguição não tem limites! Meu WhatsApp, com milhares de grupos, foi banido DO NADA, sem nenhuma explicação! Exijo uma resposta oficial da plataforma".
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O irmão de Flavio, Eduardo Bolsonaro, também havia protestado: "Primeiro caso de banimento do whatsapp que tomo conhecimento ocorreu com o senador eleito @FlavioBolsonaro . O post que tenha motivado a punição não é informado. Se isso não é CENSURA eu não sei o que é...", disse pelas redes sociais.

Notificação

Ainda nesta sexta-feira, 19, o WhatsApp enviou notificação extrajudicial para quatro agências suspeitas de fazerem envio massivo irregular de mensagens durante o período eleitoral.

O aplicativo determina que as mesmas parem de fazer envio e de utilizar números de celulares obtidos pela internet. Na quinta-feira, 18, o jornal Folha de S.Paulo disse que empresas bancaram uma campanha de mensagens contra o PT e Fernando Haddad com pacotes de disparos em massa.

O comportamento, segundo o WhatsApp, fere as regras do aplicativo. O envio de mensagens com conteúdo eleitoral não é ilegal. Para isso, é necessário que os candidatos entregam os telefones e uma lista de apoiadores que voluntariamente os cederam seus dados.

No entanto, há a suspeita de que as agências venderam bases de usuários de terceiros, segmentadas por região e perfil, de origem desconhecida - o que é ilegal.

"Estamos tomando medidas legais para impedir que empresas façam envio maciço de mensagens no WhatsApp e já banimos as contas associadas a estas empresas", informou em nota o WhatsApp.
*Com informações da Agência Estado

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